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Essa carta não é golpe

Contribuintes que receberem o aviso pelo Correio não precisam ir ao posto

Confira a carta que a Receita Federal envia aos contribuintes
Confira a carta que a Receita Federal envia aos contribuintes -

Vira e mexe os contribuintes estão recebendo uma "cartinha" com a logomarca da Receita, entram no endereço de internet que vem no texto e pimba! Caíram em golpe e tiveram seus dados roubados por cibercriminosos. Mas desta vez, se chegar uma carta com a marca do Fisco não se assuste: não é golpe! Ontem a autarquia informou que chamará 330 mil pessoas para acertarem as contas com o Leão. No Rio, 38.733 pessoas receberão o aviso, informou a Receita. As pendências se referem à declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física 2019, ano-calendário 2018. As cartas começaram a ser enviadas no início da segunda quinzena de outubro.

Essas cartas somente serão enviadas a contribuintes que podem se autorregularizar. Mas por quê? O Fisco informou que identificou informações com indícios de divergências. E essas divergências podem ser corrigidas com a retificação da declaração pela internet. O contribuinte não precisará ir ao posto da Receita.

E como proceder? A sugestão para quem retificar a declaração é acompanhar o seu processamento por meio do serviço disponível na internet: Extrato da DIRPF. Essa é a forma mais rápida de saber o que ocorreu no processamento e se há pendências que podem ser resolvidas pela internet.

Para saber a situação basta consultar as informações disponíveis na página da Receita (https://receita.economia.gov.br/), no serviço "Extrato da DIRPF", utilizando código de acesso ou certificado digital. A declaração retida em malha fiscal apresenta sempre mensagem de "pendência". Junto com a pendência, são fornecidas orientações de como proceder no caso de erro na declaração apresentada.

'Golpe do amor' pede depósito para liberar presente na Alfândega

Emilio Simoni, da dfndr lab: usuário pode checar o link em www.psafe.com/dfndr-lab/pt-br - Reprodução de internet
Outro golpe que utiliza o nome da Receita é o chamado 'golpe do amor', em que fraudadores criam perfis virtuais para enganar mulheres e roubá-las. O órgão recebe, inclusive, ligações para confirmar um suposto depósito exigido pela Alfândega, induzido pelo parceiro ou parceira que conheceram via internet.

A fraude começa com a abordagem em redes sociais, como o Facebook. São perfis falsos de homens que se dizem estrangeiros e iniciam um relacionamento com mulheres. O criminoso promete enviar presentes ou de algum item de valor, e em pouco tempo avisa que o objeto ficou retido na Alfândega. A vítima recebe a ligação de um suposto funcionário da Receita passando dados bancários para o depósito e promete que o item será liberado.

Para identificar a ação falsa, é preciso entrar no site da Receita Federal (receita.fazenda.gov.br), clicar em Aduaneira, Remessas Internacionais. Em seguida, ir no link Remessa Expressa Internacional, onde fica disponível a lista de empresas autorizadas.
"O golpista envia fotos de malotes de dinheiro ou presentes muito caros. Depois pede que a vítima deposite uma taxa menor para a alfândega liberar", explica Emilio Simoni, diretor do dfndr lab, da PSafe.

Três fraudes para 'fugir'

E-mails falsos

A Receita Federal alerta para e-mails falsos em nome da instituição, com mensagens que tentam obter ilegalmente informações cadastrais e financeiras. Algumas avisam sobre possíveis erros na declaração do Imposto de Renda ou cobram débitos que não existem. Com timbres oficiais da Receita, os e-mails misturam instruções verdadeiras e falsas e contêm links que são a porta de entrada para vírus e códigos maliciosos no computador.

Cartas para regularizar dados

Além dos e-mails, a Receita também alerta para um golpe de regularização de dados cadastrais por correspondência. O contribuinte recebe carta com a marca da Receita, que contém um site para acessar e atualizar os dados bancários. Ao acessar esse site, o contribuinte está sujeito a vírus e códigos maliciosos que podem roubar seus dados pessoais, bancários e fiscais.

Cartas que cobram IOF

Outro golpe é uma carta falsa enviada a quem tomou ou está negociando um empréstimo. A correspondência exige o pagamento de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para desbloquear o valor emprestado. Na carta, atribuída ao auditor-fiscal da Receita, há dados bancários para depósito, além de uma assinatura falsa.

 

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Emilio Simoni, da dfndr lab: usuário pode checar o link em www.psafe.com/dfndr-lab/pt-br Reprodução de internet