Shanna se abre

Após dois adiamentos, a empresária Shanna Harouche Garcia Lopes, de 33 anos, filha do bicheiro Waldomiro Paes Garcia, o Maninho, compareceu ontem de manhã à Delegacia de Homicídios, na Barra da Tijuca, para prestar depoimento sobre a tentativa de homicídio de que foi vítima, no dia 6, no estacionamento de um shopping. O depoimento durou mais de quatro horas. Shanna voltou a acusar Bernardo Bello, ex-marido de Tamara, sua irmã gêmea, de ser o mandante do crime. O motivo seria a disputa pelo espólio de R$ 25 milhões de Maninho, que inclui pontos de jogo do bicho e máquinas caça-niqueis.

Shanna chegou à DH às 11h30, em companhia da advogada Daniela Dias, e falou rapidamente com jornalistas. "Eu tenho uma desconfiança do meu ex-cunhado. Isso é briga de família. Hoje, eu não andava com seguranças. Ele anda com seguranças. Já teve uma situação que ele me ameaçou e que eu até prestei depoimento aqui", disse.

Shanna acredita que Bernardo Bello a considera "uma ameaça". "Temos milhões em inventários. Temos batido inventários para pedir prestação de contas. Ele toma conta do jogo do bicho e de todos os bens legais que eu tenho no inventário. Só corro atrás disso porque tenho direito ao que meu pai deixou. Para ele, sou uma ameaça", contou.

Maninho foi morto a tiros em 2004 ao sair de uma academia, na Zona Oeste. Em 2011, o ex-marido de Shanna, José Luiz de Barros Lopes, o Zé Personal, foi assassinado. O irmão de Shanna, Myro Garcia, foi morto em 2017. Nenhum dos crimes foi solucionado.