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Shanna vai dar com a língua nos dentes

Filha do bicheiro Maninho sobreviveu a atentado

Filha do bicheiro Waldomiro Paes Garcia, o Maninho, Shanna Harrouche Garcia - que foi atingida por, pelo menos, dois tiros há uma semana - deve prestar depoimento na manhã desta terça-feira, na Delegacia de Homicídios da Capital. Ela foi intimida ontem à tarde, em uma quarta tentativa dos agentes em localizá-la.

A principal linha de investigação é de uma briga familiar pelo espólio do bicheiro. A investigação foi transferida para a DH que já investiga a morte do irmão de Shanna, Myro Garcia, ocorrida em abril de 2018. A polícia suspeita que o mesmo mandante esteja envolvido no atentado à Shanna.

Shanna deve voltar a acusar o ex-cunhado, Bernardo Bello Barboza, como o responsável pelo controle da contravenção. Em 2016, ela já disse a investigadores que se sentia ameaçada por ele.

Ontem, o marido de Shanna, o empresário Rafael Alves, afirmou que a sua esposa iria depor, por vontade própria no Ministério Público Estadual, para promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). No entanto, na sede do grupo Shanna não compareceu. A assessoria do Ministério Público não confirmou a informação.

Em 2011, foi o Gaeco o responsável por denunciar Shanna à Justiça como chefe da exploração ilícita do jogo de caça-níqueis, após a morte do pai e do marido José Luiz de Barros Lopes, conhecido como Zé Personal. À época, Shanna foi acusada pelos promotores por ter mandado matar o pecuarista Rogério Mesquita, em 2008. Em julgamento, testemunhas voltaram atrás e ela foi impronunciada, ou seja, não foi à julgamento por falta de provas.

Atualmente, a briga pelos bens do bicheiro continua na Justiça. Um inventariante está responsável pelos bens, avaliados em milhões.Enquanto isso, a empresária acumula dívidas com a União e seu nome consta na lista de devedores da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional com oito dívidas ajuizadas, totalizando R$ 723 mil.