Assassino não demonstrou arrependimento

Um assassino frio, que não teve problema em assumir até a crueldade de colocar tijolo na boca da sobrinha para ela não gritar. O perfil de Paulo Sérgio Evangelista é confirmado pelo delegado Bruno Ciniello, da DH-Capital. O tio de Estela não demonstrou arrependimento e narrou, com frieza, o que fez com a sobrinha. Paulo tinha passagem por roubo e saiu da cadeia no ano passado.

"Ele relatou que não sabe por que fez isso, que estava sob efeito de álcool e drogas. Disse que gostava dela, assim como do irmão. Ele chegou a chorar enquanto contava o que fez, mas ainda assim era de forma fria. O que sentiu mais foi quando disse que acabou com a própria vida. Não vi arrependimento", detalhou.

Para o psiquiatra forense Guido Arturo Palomba, o autor do crime apresenta alta periculosidade e egocentrismo exacerbado. "Ele apresentou extrema frieza, crueldade e ausência de sentimentos como piedade e compaixão. Não só ao praticar o crime, como também depois, quando escondeu o corpo", destacou. O também psicanalista forense José Ricardo Bandeira acredita que o assassino pode ter um transtorno. "Os sociopatas ainda conseguem ter emoções. Já os psicopatas não, mas conseguem fingir e manipular", explicou.