Mais Lidas

PMs atrás de bala

Revista denuncia invasão a hospital após tragédia

A reconstituição da cena da morte da menina foi feita na terça-feira
A reconstituição da cena da morte da menina foi feita na terça-feira -

A Polícia Civil e a Corregedoria da Polícia Militar vão apurar a informação de que um grupo de policiais militares, entre 10 e 20 homens, invadiu o Hospital Getúlio Vargas, na Penha, após a morte da menina Ágatha Félix, de 8 anos. O grupo teria exigido a entrega da bala que matou a criança. Logo após a denúncia ser publicada, ontem, pelo site da revista Veja, o governador Wilson Witzel (PSC) anunciou pelo Twitter que tudo será apurado.

"Sobre a informação de que policiais militares teriam tentado pegar a bala que atingiu a menina Ágatha, minha posição é firme: tudo será apurado com rigor. Os fatos, se comprovados, são inadmissíveis. Os culpados serão punidos", publicou.

A revelação sobre a invasão foi feita a policiais civis por integrantes da equipe de médicos e de enfermeiros que atendeu a menina. Ainda segundo a Veja, os médicos se recusaram a entregar a bala, e os policiais foram embora. Apenas um fragmento da bala foi encontrado pelos médicos e encaminhado à Polícia Civil, que concluiu não ser possível compará-lo com as armas dos PMs.

A Delegacia de Homicídios estaria tentando convencer os integrantes da equipe médica a prestar depoimento sobre a invasão. Os profissionais têm medo de sofrer represálias. Ágatha foi morta por uma bala perdida quando estava em uma Kombi, acompanhada da mãe, no último dia 20. Testemunhas contaram que o tiro foi disparado por um policial. A PMs diz que havia um tiroteio entre os agentes e criminosos.

A Polícia Civil fez, na última terça-feira, a reprodução simulada do crime. Apenas dois dos 11 PMs envolvidos aceitaram participar.