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'Testes são feitos para garantir a circulação'

Com o movimento de público sufocado pela suspensão do tráfego de ônibus e carros na Marechal Floriano, lojistas amargam prejuízos, agravados pelo aumento do comércio informal. "Essa linha parada é uma pouca vergonha dos órgãos competentes. É dinheiro gasto. Se não tem uso, está enferrujando, bate sol e chuva. Virou uma coisa inerte", diz o zelador André Castilho, de 26 anos.

O investimento total para a implantação do VLT foi de R$ 1,157 bilhão, sendo que R$ 532 milhões são recursos federais do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Mobilidade. Outros R$ 625 milhões vieram de Parceria Público-Privada, sistema em que a iniciativa privada investe e é ressarcida com a receita tarifária e contrapartida da prefeitura ao longo da concessão de 25 anos. A remuneração pela obra estabelecida no contrato, de 2013, era de R$ 5,9 milhões por mês, sujeitos a atualizações e pagos desde o início da operação. A parcela já gira em torno de R$ 9 milhões.

Em nota, o VLT Carioca diz que "aguarda autorização da Prefeitura do Rio para colocar em operação a Linha 3" e que continua "realizando testes para garantir a circulação assim que houver a liberação". A concessionária acrescenta que "aguarda a regularização dos pagamentos relativos ao retorno do investimento realizado durante as obras". Segundo a empresa, os atrasos começaram em maio de 2018. A Prefeitura não deu esclarecimentos e nem previsão para resolver o impasse.