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Tiros param trens

Em mais um dia de confrontos, trabalhadores e estudantes ficam reféns do medo

Em mais uma manhã de intensos tiroteios em comunidades do Rio, trabalhadores passaram perrengue para chegar a seus destinos, ontem. Um confronto entre criminosos no Complexo do Chapadão, em Costa Barros, na Zona Norte, fez com que a circulação de trens do ramal Belford Roxo ficasse interrompida por mais de três horas.

Houve confrontos também na Cidade de Deus, na Zona Oeste, onde três pessoas ficaram feridas, e na Rocinha, na Zona Sul, onde alunos de uma escola municipal tiveram que se abrigar dentro de uma sala de aulas para fugir dos tiros. Um tiroteio também foi registrado no Complexo do Alemão.

Os confrontos no Chapadão aconteceram durante uma tentativa de invasão de traficantes rivais e, até o fechamento desta edição, não havia informações sobre mortos ou feridos. A Polícia Militar disse que não fez operação na comunidade ontem.

O tiroteio atrasou o início da operação do ramal de Belford Roxo em cerca de três horas e meia. A SuperVia informou que a circulação dos trens não foi iniciada "para garantir a integridade de passageiros e funcionários". O ramal, que deveria começar a operar às 4h30, só começou a funcionar às 8h05. Os tiros atingiram a rede aérea.

"Em função de tiroteio nas proximidades de Costa Barros, a operação do ramal foi iniciada às 8h05, e trens circularam por apenas uma linha entre Rocha Miranda e Agostinho Porto, em razão de danos identificados na rede aérea. Técnicos da concessionária trabalharam nos reparos para normalizar a circulação no menor tempo possível", informou a concessionária.