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Disparo foi de fuzil

Laudo aponta tipo de arma que matou a menina, mas balística não identifica qual

O advogado Felipe Simão, representante de três dos oito policiais militares envolvidos na ocorrência que resultou na morte de menina Ágatha Vitória Félix, de 8 anos, no Complexo do Alemão, na última sexta-feira, disse ontem que seus clientes afirmaram à Polícia Civil que efetuaram três disparos de fuzil. Segundo ele, apenas dois PMs atiraram. Laudo do Instituto de Criminalística Carlos Éboli apontou que o fragmento encontrado no corpo da menina é "compatível" com o de fuzil. A perícia, porém, não foi conclusiva para o confronto balístico e não determina de qual arma partiu o disparo.

De acordo com o advogado Felipe Simão, os policiais declararam que foram atacados por um homem que estava na garupa de uma moto. Ainda segundo ele, após o primeiro disparo, traficantes atiraram na direção dos PMs. "Os disparos foram em legítima defesa, somente para cessar o ataque criminoso. Os policiais envolvidos na ocorrência são experientes, já estão há mais de um ano naquela região. Se um PM tivesse acertado a menina, a mesma não teria tronco para enterrar, pois teria levado um tiro de fuzil direto", argumentou.

O advogado contou ainda que o local onde a criança foi atingida é extremamente estratégico para a PM controlar a violência da comunidade e para o tráfico tentar se movimentar. "Eles tiveram que atirar para se proteger de um ataque criminoso. Policiais estão sofrendo ataques do tráfico no local há bastante tempo, com intuito de retirar a PM dali. Ao todo, foram 11 PMs vitimados neste local, covardemente. Agora o tráfico só buscou nova estratégia para retirar a polícia de lá através da mídia", finalizou Simão.