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Jornal Nacional responde Bolsonaro e defende jornalista da Rede Globo

Renata Vasconcellos leu uma nota de repúdio da emissora contra declarações do presidente

Renata Vasconcellos na bancada do Jornal Nacional
Renata Vasconcellos na bancada do Jornal Nacional -
Durante a edição desta sexta-feira do Jornal Nacional, da Rede Globo, a apresentadora Renata Vasconcellos leu uma nota de repúdio da emissora contra declarações do presidente Jair Bolsonaro, que afirmou que a jornalista Miriam Leitão foi presa quando estava indo para a Guerrilha do Araguaia. Ele também disse que a profissional mentiu sobre ter sido torturada durante a ditadura militar.
Miriam Leitão - Reprodução de TV
Confira a nota lida no JN
"Essas afirmações do presidente causam profunda indignação e merecem absoluto repúdio. Em defesa da verdade histórica e da honra da jornalista, é preciso dizer com todas as letras que não é a jornalista quem mente.
Miriam nunca participou ou quis participar da luta armada. À época militante do PCdoB, ela atuou em atividades de propaganda. Ela foi presa e torturada, grávida, aos dezenove anos, quando estava detida 38ª batalhão de infantaria, em Vitória.
No auge da ditadura de 1964, em 1963, Miriam denunciou a tortura perante a primeira auditoria da aeronáutica no Rio, enfrentando todos os riscos que isso representava na época. Narrou seu sofrimento aos militares e ao auditor. E esse relato consta nos autos para quem quiser pesquisar. A jornalista foi julgada e absolvida de todas as acusações atribuídas a ela na ditadura. A absolvição se deu em todas as instâncias.
Esses insultos apenas mostram a maior das virtudes de Miriam Leitão como profissional: a independência em relação a governos, sejam de esquerda ou de direita ou de qualquer tipo. A Globo aplaude essa independência e se solidariza com Miriam".
Renata Vasconcellos na bancada do Jornal Nacional Reprodução de TV
Miriam Leitão Reprodução de TV