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Motoristas e cobradores da viação Estrela Azul entram em greve

Funcionários cobram pagamento dos salários, cesta básica, vale refeição e 13º que estão atrasados

Ônibus da empresa não deixaram a garagem na manhã desta segunda
Ônibus da empresa não deixaram a garagem na manhã desta segunda -

Rio - Cerca de 400 funcionários da viação Estrela Azul entraram em greve por tempo indeterminado nesta segunda-feira. Os motoristas e cobradores da empresa cobram o pagamento de salários, cesta básica, vale refeição e 13°, que estão atrasados há quatro meses. É o segundo movimento dos trabalhadores da viação em dois meses, já que no início de dezembro houve uma paralisação. A empresa opera linhas que trafegam entre as zonas Norte e Sul do Rio.

A greve foi acertada em uma reunião dos funcionários, após o anúncio de uma paralisação. Ficou combinado também que o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus do Rio de Janeiro (Sintraturb-Rio) vai entrar com uma ação de justa causa na Justiça contra a empresa para que os funcionários tenham os vencimentos recebidos.

"Em dezembro do ano passado, os funcionários já haviam realizado uma paralisação de advertência, já que o acordo feito entre o sindicato e o TRT do pagamento de oito meses de salários atrasados em 24 parcelas pela empresa aos funcionários não estava sendo cumprido. A direção da empresa chegou a pagar R$ 800 referente à parte da primeira parcela de R$ 1,2 mil acordado, ficando de pagar o restante em seguida, mas não pagou ninguém. Isso é uma absurdo", o vice-presidente do Sintraturb-Rio, José Carlos, reclamou. "Já estamos colhendo assinaturas para que nosso jurídico dê entrada junto ao TRT (para cobrar os atrasados). Trabalhar sem receber é uma verdadeira covardia".

30 mil passageiros por dia

De acordo com o Sintraturb-Rio, a Estrela Azul é responsável por quatro linhas do consórcio Internorte: 292 (Engenho da Rainha x Castelo), 311 (Engenheiro Leal - Praça XV), 464 (Maracanã x Copacabana), 434 (Grajaú x Copacabana) e 435 (Grajaú x Gávea). Por dia, a empresa transporta cerca de 30 mil passageiros.

A Secretaria Municipal de Transportes disse que está monitorando o movimento dos trabalhadores e que irá reforçar a fiscalização, bem como acionar o consórcio responsável pela empresa para que tome as medidas necessárias e previstas no contrato. "Vale destacar que a secretaria não tem ingerência sobre direitos trabalhistas, questões que devem ser resolvidas entre empresa e funcionários", informou, através de nota.

Procurada pelo DIA, a RioÔnibus, sindicado que reúne as empresas, ainda não manifestou sobre a greve.