Mais Lidas

PM baleado fica sem atendimento

Foi levado do Rocha Faria para unidade particular

'Não vou deixar meu irmão morrer aqui". A declaração é de Priscila Vieira, 34 anos, irmã do PM Renan da Silva Vieira, baleado durante assalto, na madrugada de ontem, na Estrada do Mato Alto, em Guaratiba, na Zona Oeste do Rio. Ela se referia ao Hospital Municipal Rocha Faria, em Campo Grande, para onde o PM foi levado. Segundo Priscila, um ortopedista de plantão deixou o policial meia hora na emergência do hospital esperando atendimento. Revoltada, ela tirou o irmão do hospital público e o levou para uma unidade particular. A direção do Rocha Faria nega ter havido recusa de atendimento.

Segundo Priscila, o PM está estável e passará por uma cirurgia no braço. Renan estava de moto a caminho do trabalho quando foi atacado por bandidos. Ele trocou tiros com os bandidos e acabou baleado no braço e no abdômen. De acordo com Priscila, os criminosos levaram a mochila de Renan, mas deixaram para trás a arma e a carteira. Ele é lotado na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Andaraí.

"Esse ortopedista disse que ia ver se tinha médico em outro lugar para que ele pudesse ser transferido, mas não disseram por que não iriam atendê-lo. Só deram um remédio para dor porque nós pedimos. Ele ficou ali meia hora sem atendimento e ficaria muito mais se não tivéssemos transferido para outro hospital", reclamou.

Priscila contou que a equipe do hospital resistiu em deixá-la transferi-lo de unidade. "Tiramos mesmo assim, em nosso carro particular e sem assinar nenhum termo de responsabilidade. Se ele ficasse lá poderia até vir a óbito", declarou.