Rio - Em seu terceiro dia de mandato, quinta-feira de manhã, o governador Wilson Witzel voltou a prometer soluções polêmicas para a Segurança Pública do Rio. Na posse do secretário de Polícia Civil, o delegado Marcus Vinícius Braga, Witzel disse que "o Rio precisa de uma Guantánamo", em alusão à prisão militar que os Estados Unidos mantêm em uma base militar americana, em Cuba. A ideia é isolar traficantes considerados perigosos.
"Esses que estão de fuzil na mão nas comunidades são terroristas, e como terroristas devem ser tratados. A lei antiterrorismo poderia aplicar penas de 50 anos, em unidades prisionais destacadas, longe da civilização. Precisamos ter a nossa Guantánamo", apontou Witzel na cerimônia realizada na Cidade da Polícia, no Jacarezinho, Zona Norte do Rio. Ele ainda afirmou: "Não podemos fazer disso uma guerra. Temos que fazer Segurança Pública. Esse que leva o fuzil é o elo mais fraco de corrente. Por isso vamos investigar o elo mais forte, que é quem coloca o fuzil, quem dá o dinheiro", declarou.
Já Marcus Vinícius Braga prometeu identificar quem lava dinheiro para o tráfico de drogas. O Departamento-Geral de Investigação à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro, deverá ter, já neste mês, 10 delegados e 80 agentes, que serão escolhidos a dedo. Ele também garantiu rigor nas investigações de mortes a policiais. "Isso tem que ser prioridade no governo. Não vão mais matar policiais", frisou.