O vereador Marcello Siciliano (PHS) prestou novo depoimento ontem, na Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA). O parlamentar foi apontado por uma testemunha como suspeito de mandar matar a vereadora Marielle Franco (PSOL) e o motorista Anderson Gomes a tiros no Estácio, Região Central do Rio, em 14 de março de 2018. O crime segue sem solução. O vereador voltou a negar as acusações.
Siciliano foi questionado sobre notas fiscais de compra de duas armas. Os documentos foram encontrados em dezembro, quando a polícia fez uma operação em seis imóveis que pertencem a vereador, por conta de um inquérito do Ministério Público que investiga a ocupação irregular de terras na Zona Oeste. Segundo Siciliano, foram encontrados seu Certificado de Registro (CR) de atirador esportivo vencido e munição de pistola que, segundo ele, está registrada.
No dia das buscas nos imóveis, o então secretário de Segurança do Rio, general Richard Nunes, afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo que o assassinato de Marielle e de Anderson provavelmente estariam ligados à grilagem de terra na Zona Oeste.
"Quero que isso se resolva, minha família está sofrendo, tenho certeza que a família da Marielle não merece isso, merece a verdade. A verdade que tem que vir à tona. É por isso que tenho implorado pela federalização deste caso. A partir do momento em que há uma investigação da investigação, a coisa tem que ser vista de outra maneira", disse Marcello Siciliano ao portal G1.