Tijuca e Baixada de olho no Segurança Presente MH

Caso o governador eleito cumpra a promessa, na Baixada Fluminense, Tijuca, Ipanema e Leblon, as pessoas poderão passear mais tranquilas pelas ruas, em 2019. Na segunda-feira, Wilson Witzel (PSC) anunciou que ampliará o Programa Segurança Presente para esses locais.

O programa coloca cerca de mil agentes, todos os dias, a pé ou de bicicleta, nas ruas do Centro, Lapa, Aterro, Lagoa e Méier. O patrulhamento é feito por policiais de folga e reservistas das Força Armadas, que são pagos pelo chamado RAS (Regime Adicional de Serviço). Onde chegou, houve queda no registro de crimes.

A Operação Centro Presente reduziu em cerca de 70% os índices criminais no Centro do Rio. Segundo a 4ª DP (Central), no primeiro semestre de 2016, período anterior ao início da operação, foram registrados 1.053 roubos de rua (celular, transeunte e coletivo). Na comparação com o primeiro semestre deste ano, a queda foi de 70%. Nesse mesmo período, na região da Tijuca os roubos de rua subiram 125% (1.089 casos no primeiro semestre de 2016, contra 2.451 no mesmo período de 2018). Na Baixada, subiram 7% (16.236 contra 17.490).

"O estado inteiro tem que se movimentar em torno da segurança. Carro novo, equipamento para a polícia tecnocientífica, é tudo outdoor. O interior não tem equipamento decente para investigar crime. Tudo é feito na capital, isso tem que acabar", opina o policial civil aposentado Odair Lece.

Um modelo inspirador

O sucesso do Segurança Presente inspirou outros governos. Em dezembro de 2017, a Prefeitura do Rio levou para Copacabana e Leme a operação Rio Mais Seguro, no mesmo modelo. No mesmo mês, a Prefeitura de Niterói implementou no município a Operação Niterói Presente, que já atua em cinco bairros. Uma comitiva de Alagoas veio ao Rio para conhecer o modelo e, em janeiro, iniciou a Operação Ronda no Bairro, em Maceió.

Esbarra nas finanças

Witzel pretende contratar policiais aposentados para o Segurança Presente. Porém, para cumprir a promessa, é o novo governo que vai ter que fazer milagre, já que ano que vem o déficit previsto no orçamento é de R$8 bilhões, podendo chegar a R$13 bilhões. E o Segurança Presente, hoje, custa R$ 64,4 milhões por mês. O Sesc, que banca os projetos no Aterro, Lagoa e Méier (R$29 milhões, os três), já anunciou que sai no dia 31.

Tijuca e Baixada de olho no Segurança Presente

Programa que reduziu crimes na região central do Rio deve ser levado a outros locais

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