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Esquema de Cabral continuou com Pezão

Quando estava prestes a passar o comando do Governo do Estado para Luiz Fernando Pezão, em 2014, Sérgio Cabral orientou Carlos Miranda a escrever a lista de pessoas que eram beneficiadas com "compromissos", ou seja, pagamento de propina mensal. Miranda preparou a relação e entregou a Cabral, que por sua vez, a repassou para Hudson Braga e ao próprio Pezão, para que os pagamentos fossem mantidos após a transição. A revelação faz parte da delação premiada feita por Miranda. A delação serviu de base para a decretação da prisão do governador, na quinta-feira de manhã.

Segundo Miranda, a folha de pagamento mensal dos "compromissos" com políticos girava em torno de R$1,5 milhão. Quase 11 vezes maior do que a folha de pagamento com funcionários públicos que recebiam "extras" de Cabral, que era de R$140 mil por mês. Miranda disse ainda que todos os meses eram destinados R$900 mil para Cabral, para ser dividida entre deputados que faziam parte do esquema.

Ontem, o empresário Luiz Alberto Gomes Gonçalves, único dos acusados na Operação 'Boca de Lobo' que não havia sido preso, se entregou à Polícia Federal.