Fluminense repete velha fórmula com goleiro Marcos Felipe

Quarto goleiro utilizado nesta temporada, Marcos Felipe ganhou uma chance no Fluminense num momento decisivo na luta contra o rebaixamento. Ao escolher o jovem de 23 anos, que fez sua primeira partida em 2019 em vez de Agenor, para substituir Muriel, o Tricolor repete uma receita que já funcionou em outras três ocasiões, inclusive em lutas contra a degola.

Em 2006, o Fluminense conviveu com falhas dos goleiros Diego e Fernando Henrique até que, na reta final do Campeonato Brasileiro, Ricardo Berna, então terceiro da posição, assumiu em novembro para os últimos sete jogos. Período parecido com o de Marcos Felipe. No fim, o Tricolor salvou-se.

Em 2009, foi a vez de Rafael, então terceira opção ganhar a vaga de titular em agosto, depois de Berna e Fernando Henrique. Jogou 19 partidas no Brasileiro e ajudou o time na histórica arrancada para manter o Fluminense na Série A. No ano seguinte, com os mesmos jogadores da posição, o terceiro goleiro era Berna, que assumiu em outubro e fez 9 jogos até o título brasileiro.

Desta vez, a luta é novamente contra o rebaixamento e os motivos para as trocas são distintos. Sem o titular Muriel, que fraturou a mão esquerda e só volta em 2020, com Rodolfo suspenso por doping, e Agenor sem passar confiança à torcida, o técnico Marcão apostou em Marcos Felipe.

A escolha passou muito também pelo preparador de goleiros André Carvalho, que gosta bastante do desempenho de Marcos Felipe nos treinos. Com apenas cinco partidas nos profissionais do Fluminense (tem outras oito pelo Macaé, em 2015), o jogador de 23 anos passou no primeiro teste: saiu-se bem contra o Atlético-MG, apesar de um gol sofrido no qual não teve culpa.

"Foi bom. Goleiro é uma posição que exige muita paciência. Tentei me manter o mais tranquilo possível. Não podemos ter o mínimo de erro. Temos que estar sempre concentrados e preparados para as oportunidades. Eu sempre levava os treinos como meus jogos", afirmou Marcos Felipe.