Fluminense encara maratona fora de casa na luta para fugir da degola

Sem vencer há cinco jogos, com técnico recém-chegado já pressionado e com 78% de risco de rebaixamento no Campeonato Brasileiro, o Fluminense precisa de pelo menos sete pontos nas próximas quatro rodadas para tentar respirar fora da degola. Missão difícil, ainda mais pela sequência de quatro partidas fora de casa, que começa neste sábado, às 17h, contra o Fortaleza, no Castelão.

Ainda assim, a saída do Rio não chega a ser um grande problema. Terceiro pior mandante — duas vitórias em nove jogos, com aproveitamento de 29,6% —, o Fluminense convive com a pressão. Torcedores se reuniram dois dias seguidos com diretoria e jogadores para cobrar resultados e, na derrota para o Avaí, vaiaram Paulo Henrique Ganso e chamaram Oswaldo de Oliveira de burro.

Com dois jogos no comando, o treinador já está pressionado e tem que conviver com a insatisfação de parte do elenco com seu trabalho. No meio desse clima pesado, Oswaldo terá de encontrar soluções para a falta de resultados. O problema é que, quando sai do Rio, o desempenho também não é animador.

Em sete jogos, o Fluminense só venceu o Grêmio, com aproveitamento de 19%. Agora, com novo treinador e situação delicada na competição, o Tricolor precisará mudar esse retrospecto.

Chances não faltarão. Depois do Fortaleza, o Fluminense vai encarar o Palmeiras, em jogo adiado da 16ª rodada, no Allianz Parque. Na sequência, o Corinthians, em duelo que seria no Maracanã, mas a diretoria tricolor vendeu o mando de campo — para pagar salários atrasados — e a tendência é de grande maioria de corintianos em Brasília. Para fechar a maratona, o Goiás, no Serra Dourada.

"Está difícil, mas é fruto do que fizemos até aqui. Temos a oportunidade de mudar a nossa história. Nenhum cálculo vai mudar o que podemos fazer em campo. Quando emplacarmos uma sequência de vitórias, esses números (risco de rebaixamento) mudam", disse o goleiro Muriel, único a dar entrevista, na quarta-feira.