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Fla-Flu dos síndicos

Mengão e Fluzão fazem hoje o primeiro clássico como gestores do Maracanã

Já com o Manto, Jesus (E) posa ao lado do vice de futebol Marcos Braz
Já com o Manto, Jesus (E) posa ao lado do vice de futebol Marcos Braz -

O grito de 'O Maraca é nosso' tem feito mais sentido para rubro-negros e tricolores desde abril, quando Flamengo e Fluminense passaram a compartilhar a gestão do Maracanã. Hoje, às 19h, o estádio recebe o primeiro Fla-Flu com os arquirrivais como 'síndicos'. E o lado da Gávea tem mais motivos para comemorar.

Desde que o governo estadual rompeu com a concessionária que administrava o estádio e deu a Flamengo e Fluminense a gestão por seis meses, cada clube tem cinco jogos na administração do Maracanã. E só o Flamengo apresenta lucro considerável. O diferencial é a torcida: o Rubro-Negro tem média de 52.255 presentes contra Vasco (final do Carioca), Cruzeiro, Chapecoense, Athletico-PR e Corinthians. Lucro certo. Contra os paulistas, pela Copa do Brasil, o Maracanã teve público de 60.171 pessoas. A receita total foi de R$ 3,5 milhões, enquanto a despesa — taxas, funcionários, aluguel, entre outros — foi de R$ 1.671.664,45. O lucro de R$ 1.832.898,61 é recorde do clube em 2019.

No maior público do ano, Flamengo x Peñarol, com 66.716 torcedores, a receita foi de R$ 2.672.773,50 e o saldo de R$ 863.111,16. Sem contar que o Rubro-Negro agora leva mais dinheiro de bares e estacionamentos, valor não divulgado.

Em comparação, o Fluminense ainda não tem motivos para comemorar. Assumir a administração do Maracanã, até agora, fez o clube apenas diminuir os prejuízos. Em cinco jogos — Goiás, Botafogo, Cruzeiro (duas vezes) e Atlético Nacional-COL —, o Tricolor teve média de 19.562 presentes, o que dificultou para ganhar uma grana. Só ficou no azul na partida pela Sul-Americana, com seu melhor público do ano (28.441 presentes) e saldo de R$ 78.572,77, de uma receita de R$ 761.850,00 (despesa de R$ 680.427,44). Nos outros quatro jogos, o Fluminense amargou prejuízos menores do que nos tempos da Concessionária Maracanã, com a diminuição dos gastos, que ainda são grandes: média de mais de R$ 400 mil.