Em noite de Vitinho, Flamengo bate o Atlético Mineiro e dispara na liderança do Brasileirão

Se fosse um carro da Fórmula 1, o Flamengo poderia ser comparado à Mercedes conduzida pelo piloto britânico Lewis Hamilton, que lidera a temporada. Voando baixo e com o pé afundado no acelerador, a equipe rubro-negra não teve dificuldades para bater o Atlético Mineiro, por 3 a 1, na noite desta quinta-feira, no Maracanã. Vitinho, com um gol e duas assistências, foi o nome do jogo. Willian Arão e Reinier completaram o placar, com Nathan descontando para o Galo. 

Agora com 55 pontos, oito a mais que o vice-líder Santos (47), os comandados do técnico português Jorge Jesus já nem enxergam os concorrentes pelo retrovisor. Na 25ª rodada, no próximo domingo, o desafio será diante do Athletico Paranaense, na Arena da Baixada.

Embalado por mais de 63 mil vozes, o Mais Querido foi dono absoluto do primeiro tempo. Apesar do elevado dos desfalques de peso (Arrascaeta, Filipe Luís, ambos lesionados, Rodrigo Caio e Gabigol, os dois a serviço da Seleção), a equipe encurralou o Galo e chegou a ter 75% de posse de bola. A pressão intensa só foi dar resultado aos 36 minutos, quando Vitinho cobrou escanteio da esquerdo e Willian Arão, quase na risca da pequena área, desviou sem chances para o goleiro Wilson. O Flamengo se consolidou como a equipe que mais gols de cabeça marcou na Série A deste ano até aqui: 11 de 49, com aproveitamento de 23%.

Na etapa complementar, Nathan, logo aos cinco, empatou em bela jogada individual. Sem se abalar, o Mengão manteve a tranquilidade e, acima de tudo, a pressão. Aos 15, Vitinho rabiscou a defesa do Galo e de chapa, com extrema categoria, se consagrou: 2 a 1. O camisa 11, que não marcava há nove partidas, teve seu nome gritado pela torcida em reconhecimento à grande atuação.  

Sem desacelerar e nem derrapar, o time manteve o ritmo e chegou ao terceiro, aos 30. A zaga do Galo vacilou e Vitinho, sempre ele, deu de cabeça para Reinier sacramentar o triunfo. Com números e nomes desenhados por crianças para os uniformes — iniciativa para homenagear os rubro-negros mirins —, o Flamengo provou que não está mesmo para brincadeiras na temporada.