Título de peso este ano

Aos 40 anos, Juan escreveu, em rubro-negro, os últimos capítulos como jogador, com 332 partidas vestindo Manto Sagrado e o status de maior artilheiro entre os zagueiros do Flamengo, com 32 gols.

Cria da Gávea, emprestou sua categoria e elegância ao Bayer Leverkusen, da Alemanha, à Roma, da Itália, ao Internacional e, merecidamente, à Seleção Brasileira. Fã de Zico, elegeu o timaço campeão da Libertadores e do Mundial de 1981 como a sua 'SeleFla'. Prestes a reescrever nos bastidores a sua história no clube, vê a equipe atual madura e no caminho de faturar um título expressivo que o torcedor tanto cobra.

"O Flamengo está preparado. Esse título de expressão já poderia ter chegado. Batemos na trave na Copa do Brasil (2017), Sul-Americana (2017) e Brasileiro do ano passado. Temos um grupo forte, que trabalha muito e em alto nível. A pressão vai existir sempre. Faz parte e sendo jogador do Flamengo não tem como fugir dela. Todos têm noção da responsabilidade de jogar pelo Flamengo. Com certeza, este ano, o Flamengo ganha um título importante", cravou Juan, que fez um balanço da vida dos tempos de jogador.

"Eu me sinto realizado. Acho que tenho muito mais a agradecer do que a lamentar. A vida de atleta de futebol é muito difícil. A gente sabe a realidade que há no Brasil. Portanto, poder jogar tanto tempo em alto nível em alguns clubes, diferentes países e pela Seleção é motivo de orgulho", disse o ex-zagueiro, descartando ser técnico. "Treinador, não. Descarto. É mais para coordenação, ligado a gerenciamento do futebol".