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Botafogo planeja diminuir a folha salarial para R$ 1 milhão em 2020

Ex-presidente Carlos Augusto Montenegro classifica o clube como um 'paciente em estado terminal'

Montenegro é um dos principais defensores do projeto 
da S/A
Montenegro é um dos principais defensores do projeto da S/A -
Afundado em dívidas e sem dinheiro, o Botafogo atravessa a sua pior crise financeira da história. E, apesar do processo de terceirizar o futebol do clube, Carlos Augusto Montenegro — ex-presidente campeão brasileiro de 1995 e um dos integrantes do Comitê de Futebol do Alvinegro — traçou um cenário para os primeiros dias de 2020 nada animador para a galera.
Em uma longa entrevista para a Rádio Brasil, o colaborador da diretoria desenhou um futuro sombrio para o clube de General Severiano, caso investidores não apareçam para injetar uma boa dose de dinheiro na instituição. 
"O Botafogo é um paciente que está moribundo na UTI, ligado por fios, a máquina está funcionando e ele não consegue mais se mexer sozinho. E a gente está tentando mover a máquina. Não tem dinheiro, não tem um centavo. O clube está num estado de UTI, praticamente vegetal, respirando por aparelhos. Fizemos esse comitê para manter esses aparelhos ligados até aparecer um investidor. Tem muita gente interessada, mas é um processo que pode demorar de um a cinco meses. Pode não acontecer, e a gente pode desligar os aparelhos", explicou Montenegro.
Para se ter uma noção de como a situação do Alvinegro é delicada, o ex-cartola deu uma declaração muito forte sobre o momento financeiro do clube, que não pode pensar em contratações de qualidade e nem dispensar quem tem multa rescisória, casos do técnico Alberto Valentim e do diretor Anderson Barros.
"Se eu pudesse, pediria à federação e à CBF para o Botafogo não disputar nenhuma competição em 2020. Mas não posso", disse ele, que completou.
"Nosso critério é manter o Botafogo vivo. Todos os jogadores que têm contrato vencendo em 31 de dezembro vão embora. A gente vai começar a renovação passando a folha salarial de R$ 3 milhões para R$ 1 milhão".

 

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