Final de Filme de Vampiro

Não bastassem os efeitos da pandemia, os próprios protagonistas transformaram a fase final do Campeonato Estadual num circo dos horrores com graves consequências para todos os envolvidos no processo. Clubes e seus patrocinadores, Federação e seus patrocinadores, TV Globo e seus patrocinadores, compradores dos pacotes de pay-per-view, torcedores em geral. Por essa e outras é que grandes investidores internacionais torcem o nariz quando ouvem falar em Brasil, sabem que por aqui só vale o que está escrito no jogo do bicho. O estopim foi a iniciativa do Flamengo, que como não tinha contrato com a Globo para o Carioca, cavou e conseguiu através da Medida Provisória assinada pelo presidente Jair Bolsonaro, que liberou clube a negociar seus jogos e exibiu o com o Boavista pela FLATV. A Federação foi para Justiça e ganhou liminar que obriga a Globo a transmitir Fluminense x Botafogo. Até o apito inicial, tudo pode mudar.

Em futebol tudo pode acontecer, até não acontecer nada; por isso é um esporte apaixonante. Nessas semifinais da Taça Rio vejo a dupla Fla-Flu favorita e a explicação é simples: dos três resultados possíveis jogam com dois, empate e vitória. No retrospecto, o Botafogo está melhor, mas a vantagem tricolor pesa. Flamengo, além de jogar com empate, sobra física e tecnicamente. Voltaço terá que suar sangue para ficar com a vaga.

Não foi surpresa a presença do Volta Redonda nas semifinais da Taça Rio. A equipe teve bom desempenho ao longo do campeonato e chegou por merecimento.

Um grupo, que se diz rubro-negro, protestando por ter que pagar R$ 10 para acessar a FLATV. Se juntar cinco, R$ 2 por cabeça. Só pode ser brincadeira.