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Renato Gaúcho (foto) assustou a galera com uma previsão sombria de que o futebol brasileiro está acabando porque são poucos os clubes que jogam para ganhar. Concordo em parte. Acho que o futebol brasileiro caiu do pedestal de melhor do mundo faz tempo. Os motivos são vários: vão desde a péssima qualidade dos gramados, passando por um calendário alucinante — que diminui tempo de trabalho e aumenta as viagens num país das dimensão do nosso —, e culminando com a exportação dos jovens e a importação de jogadores estrangeiros de segunda linha, que chegam sem outra intenção que não a de usar a vitrine para tentar contratos na Europa. Quanto a jogar pensando em não perder, é comum a todos, inclusive ao Grêmio, em determinadas situações. Até o Flamengo, por ele citado como exemplo dos que jogam sem medo, sabe que precisa ter seus momentos de retranca. Renato Gaúcho não vai querer que os demais abram alas para ele passar. Quer moleza, senta no pudim.
TROCA-TROCA DE TÉCNICOS
Eu não condeno as trocas de treinadores. O ideal seria que permanecessem, mas, se os resultados não vêm, não vejo solução a não ser mudar, e os fatos nesse Campeonato Brasileiro comprovam isso. O Flamengo patinava com Abel Braga, trocou e disparou na liderança com Jorge Jesus. O Palmeiras acumulava maus resultados com Felipão, trocou e cresceu novamente com Mano Menezes, ocupando a vice-liderança. Para esses, mudar não fez bem, fez muito bem.
PEDALADAS
Sotelo, do Santos, resolveu fazer gracinhas no fim do jogo com o Ceará e por pouco não arruma um tumulto. Enquanto o Ceará vencia por 1 a 0, não via a bola. Depois da virada para 2 a 1, quis se exibir.
Cariocão 2020 será encolhido para atender ao calendário da CBF. Uma das propostas fala em voltar à fórmula de vencedores de turno se enfrentando pelo título.
BOLA DENTRO
A torcida do Flamengo vai para o Maracanã amanhã, fazer festa no Fla-Flu, com a cabeça no jogo com o Grêmio, pelas semifinais da Copa Libertadores. Para ela, o relógio parece travado. Chega o Natal e não chega a quarta-feira.
BOLA FORA
A CBF não tem mais espaço em seus armários para guardar ofícios que recebe com protestos contra as arbitragens no Campeonato Brasileiro e, principalmente, acusando o mau uso do árbitro de vídeo. O VAR é o mico do ano.