CASA CHEIA DE LUGAR VAZIO

Grande rendas, públicos pequenos na Copa América

Por MH

Publicado às 00h00 de 19/06/2019 - Atualizado às 00h00 de 19/06/2019

O público na maioria dos jogos da Copa América tem sido pequeno, como aconteceu no duelo entre Paraguai e Catar, no Maracanã - **Luciano Belford**

Grandes rendas, públicos pequenos. Assim tem sido a 46ª edição da Copa América. As explicações vão desde o alto preço dos ingressos — numa média de R$ 485 — até o desinteresse do torcedor. Copa do Mundo, Copa América, não são eventos para o público tradicional, os consumidores são turistas nacionais ou internacionais, que aproveitam esses eventos para juntar o útil ao agradável, curtem as cidades e assistem ao futebol. Estádios vazios são ruins para compor imagens, mas não representam desinteresse pela competição. Hoje, o grande público consumidor de futebol está na televisão, em casa, nos bares, nos clubes. Está muito perto de se concretizar a previsão do já falecido ex-presidente da Federação do Rio de Janeiro Eduardo Viana, que disse, há 30 anos, que no futuro os jogos seriam disputados em estádios cenográficos montados pela televisão para 10 mil ou 20 mil pessoas com a massa torcedora aboletada nas poltronas.

Rosa & azul

As meninas do futebol estão aproveitando a visibilidade do Mundial para reivindicar paridade salarial com os meninos. A causa é simpática, mas inviável no momento. O que baliza os salários é o mercado. As meninas do basquete feminino ganham menos que as do vôlei. O futebol feminino veio depois e no Brasil nem pegou. A decisão de tornar obrigatória a prática em todos os clubes pode ajudar, desde que apareça quem pague a conta.

PEDALADAS

Clubes voltando aos treinamentos com o objetivo de aproveitar esses dias de paralisação durante a Copa América para trabalhar a parte física. Tinha gente se arrastando em campo.

Presidente da CBF, Rogério Caboclo garante Tite até a Copa. Está prestigiado, que na linguagem da bola quer dizer ameaçado.

Convidado, Japão trouxe ao Brasil uma equipe Sub-23.

BOLA DENTRO

Fora de campo, Neymar erra mais do que acerta, dinamitando a própria imagem. Mas, dentro de campo arrebenta. Possível volta ao Barcelona poderá ser a salvação.

BOLA FORA

Ex-jogador Michel Platini, aquele mesmo que era citado por aqui como exemplo de dirigente, foi em cana suspeito de corrupção na aprovação da Copa do Mundo no Catar.