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Incríveis 70 anos de brilho intenso

Templo do futebol, o Maracanã é festejado como o palco dos sonhos, onde se consagraram ídolos de várias gerações, que estão nos corações da galera

Às vésperas dos 70 anos do Maracanã (na terça-feira), a saudade é o sentimento que impera em apaixonados corações que testemunharam momentos históricos no templo do futebol mundial. Para torcedores de Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco, em especial. Pode ter sido o incomum, porém, inesquecível gol de barriga de Renato Gaúcho, no Fla-Flu que decidiu o Carioca de 1995. A inalcançável cobrança de falta do sérvio Petkovic percorreu 25 metros de distância para superar toda a elasticidade do goleiro Hélton, do Vasco, aos 43 do segundo tempo. Valeu o tri carioca do Flamengo em 2001.

Na memorável galeria, o gol de Maurício no Carioca de 1989 segue vivo para muitos alvinegros, que celebraram o fim do jejum de 21 anos, na final contra o arquirrival Flamengo. Dono do recorde de gols em Cariocas (279) e em Brasileiros (190), Roberto Dinamite balançou a rede 15 vezes no Estadual vencido pelo Vasco em 1982, conquista que freou o favorito Flamengo, então embalado pelas recentes vitórias da Libertadores e do Mundial, em 1981.

Voltemos no tempo para reverenciar o aniversariante. Afinal, coube a Didi, astro do Botafogo e da Seleção, em junho de 1950, no amistoso entre as seleções do Rio e de São Paulo, a honra do primeiro gol do estádio construído com a responsabilidade de retomar o calendário da Copa do Mundo, após a Segunda Guerra. Infelizmente, o roteiro foi para lá de dramático e sem um final feliz. Diante do silêncio de 199.854 torcedores, a derrota do Brasil na decisão para o Uruguai, por 2 a 1, ficou conhecida como 'Maracanazo'. Com a Seleção fora do páreo, coube à Alemanha se consagrar em 2014, na segunda final de Copa disputada no remodelado estádio, ao bater a Argentina por 1 a 0 na prorrogação.