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Bolsonaro nomeia braço direito de Ramagem, que muda comando da PF no Rio

Bolsonaro observa a assinatura do Termo de Posse de Rolando Alexandre de Souza, diretor-geral da PF
Bolsonaro observa a assinatura do Termo de Posse de Rolando Alexandre de Souza, diretor-geral da PF -

Depois de muita polêmica, o presidente Jair Bolsonaro conseguiu fazer o que queria: colocar no comando da Polícia Federal (PF) um nome que atendesse suas expectativas. Ontem, nomeou para o cargo de diretor-geral da PF Rolando Alexandre de Souza, braço direito de Alexandre Ramagem, o predileto de Bolsonaro, mas impedido de assumir por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF).

Rolando já mostrou a que veio: ontem mesmo chamou para ser seu 'número dois' o atual superintendente da PF no Rio, Carlos Henrique Oliveira. Assim, agradou Bolsonaro, que vinha afirmando publicamente querer mexer no comando da superintendência fluminense, responsável, entre outras investigações, pelo esquema de 'rachadinhas' no gabinete que pertenceu a Flavio Bolsonaro na Alerj, incluindo aí possíveis ligações com milícia.

Bolsonaro já havia avisado que faria a nomeação desde domingo, quando cumprimentou manifestantes em um ato que pedia o fechamento do Congresso Nacional e do STF. Para assumir a nova função, Rolando de Souza foi exonerado do cargo que ocupava na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) desde setembro do ano passado, quando foi chamado justamente por Ramagem.

A cerimônia de posse de Rolando Alexandre de Souza foi relâmpago e fechada, no Palácio do Planalto. Bolsonaro participou da nomeação, ao lado dos ministros General Heleno (GSI), Ernesto Araújo (Relações Exteriores), André Mendonça (Justiça e Segurança Pública), Braga Neto (Casa Civil) e Jorge Oliveira (Secretaria-Geral da Presidência).