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Papa pede menos sanções e perdão das dívidas

Francisco apela por solidariedade europeia diante da Covid-19

O papa Francisco propôs, ontem, em sua mensagem de Páscoa, "reduzir" ou até "anular" a dívida dos países pobres e pediu, ainda, um alívio das sanções internacionais e a solidariedade europeia diante da pandemia causada pelo novo coronavírus.

Em um mundo "oprimido pela pandemia, que representa um duro desafio para a nossa grande família humana", ele pediu uma resposta pelo "contágio da esperança", na mensagem pronunciada na Basílica de São Pedro, vazia por conta das ações de contenção.

O pontífice desejou "que sejam relaxadas as sanções internacionais que impedem os países de prestar apoio adequado aos seus cidadãos" e apelou à solidariedade internacional, "reduzindo, se não cancelando diretamente, a dívida que pesa sobre os orçamentos dos países mais pobres". Os EUA, por exemplo, se recusam a suspender as sanções econômicas ao Irã, país muito afetado pela pandemia.

Ele também repetiu seu apelo por "um cessar-fogo global e imediato em todo o globo": "Este não é o momento de continuar fabricando e traficando armas, gastando um capital enorme que deve ser usado para curar pessoas e salvar vidas", afirmou o líder dos católicos, na transmissão ao vivo.

O Papa lançou um apelo específico à Europa, que, segundo ele, deve encontrar "um espírito concreto de solidariedade, que permita superar as rivalidades do passado", especialmente após a Segunda Guerra Mundial.

Diante da pandemia que atinge países como Itália e Espanha, "devemos recorrer a soluções inovadoras e esquecer o egoísmo", disse.

Francisco expressou um pensamento especial para os "idosos e pessoas que vivem sozinhas", "aos médicos e enfermeiros", "à polícia e militares", a todos aqueles "que trabalham em casas de repouso ou que "moram em quartéis e prisões".