R10 sofre revés

A Justiça do Paraguai rejeitou a posição da Promotoria daquele país no caso dos documentos falsos de Ronaldinho Gaúcho e seu irmão, Assis, e determinou que os dois irmãos continuem sendo investigados no caso, segundo o jornal paraguaio ABC Color. Horas antes, o promotor Federico Delfino havia declarado que R10 e Assis escapariam de possível condenação graças a um dispositivo jurídico, chamado "critério de oportunidade", que é usado quando os suspeitos de crime admitem o delito, mas não têm antecedentes criminais no país.

A posição do juiz, Mirko Valinotti, significa que a decisão final passará para a Procuradoria Geral paraguaia. Enquanto isso, Ronaldinho e Assis podem deixar o país, embora tenham que se comprometer a apresentar defesa quando e se forem solicitados. Até o fechamento desta edição, os advogados de R10 ainda não haviam se pronunciado sobre a decisão.

O promotor Federico Delfino havia concluído que os dois irmãos "foram enganados em sua boa fé" ao receberem os documentos paraguaios falsos, com os quais foram flagrados na noite de quarta-feira. Delfino pediu a prisão do empresário brasileiro Wilmondes Sousa Lira, apontado pela defesa de Ronaldinho como responsável por entregar os passaportes e identidades paraguaias falsos.

Wilmondes alegou que a documentação foi encomendada por alguém ligado aos dois irmãos. Sua defesa argumenta que ele não confeccionou os documentos, mas foi o intermediário, levando os papéis ao Brasil. Só que o promotor garante que os passaportes foram entregues no Paraguai, confirmando a versão de R10.