Retorno por gratidão

De volta ao Botafogo depois de 19 anos, o técnico Paulo Autuori foi apresentado oficialmente ontem, no Estádio Nilton Santos, com um discurso centrado na gratidão que tem ao clube.

Em 1995, ano de sua primeira passagem pelo Alvinegro, quando faturou o Campeonato Brasileiro, o treinador desembarcou no Brasil vindo do Marítimo, de Portugal, e relembrou que o então presidente Carlos Augusto Montenegro acreditou muito no seu trabalho. Agora, em um momento de extrema dificuldade, nada mais justo do que ele retribuir.

"É um orgulho e satisfação estar no Glorioso. Tudo o que eu tenho e eu sou eu devo ao Botafogo. Foi o clube que me abriu as portas. As pessoas que me abriram as portas foram corajosas e até loucas, porque era um profissional sem nenhum lastro", comentou o comandante, hoje com 63 anos, que já meteu a mão na massa.

Em sua quarta passagem pelo clube (95, 98, 2001 e 2020), Autuori fez questão de deixar algo bem claro: não quer viver do passado. Para ele, é importante o clube ter em mente ser mais do que necessário criar uma nova história vitoriosa.

"A partir de hoje (ontem) não vou mais me referir a esse tempo. Já foi, é a história do clube. Queremos criar um solo fértil. Nosso olhar tem que ser para a frente e dentro dessa nova oportunidade que existe para o Botafogo", ressaltou.

Em relação à contratação do japonês Honda, Autuori bateu palmas para a direção alvinegra. "É um profissional exemplar e precisamos de referências assim. Vai agregar muito ao grupo. Foi uma tirada de mestre do clube. A gente pode falar em outro idioma, ele fala quatro. Num deles posso dar uma beliscadinha", brincou.

Reforço à vista

A diretoria monitoria a situação do atacante Matheus Babi, de 22 anos, um dos artilheiros do Campeonato Carioca pelo Macaé, com cinco gols — ao lado de Nenê (Fluminense) e João Carlos (Volta Redonda).