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Blindagem do xodó

Torcida vibra com a joia Miguel e Odair não quer queimar etapas

A cada ano, um Moleque de Xerém torna-se xodó do Fluminense. Em 2020, Miguel desponta para ser esse nome. Mais jovem a vestir a camisa tricolor, o garoto de 16 anos estreou como titular contra o Bangu e mostrou porque é tratado com grande expectativa: são dois jogos seguidos como destaque, com dois passes para gol.

E pensar que por pouco outra torcida poderia estar celebrando a promessa. No Fluminense desde os 10 anos, Miguel chegou a deixar o clube aos 13, quando o Vasco fez uma proposta melhor à família. Entretanto, o garoto não se adaptou e voltou a Xerém, onde deu início à ascensão meteórica.

Com 15 anos, Miguel era o camisa 10 da equipe sub-16 e não demorou a subir para o sub-17. Chamou a atenção do técnico Fernando Diniz e, já com 16, fez sua estreia contra o Cruzeiro, pelas oitavas de final da Copa do Brasil de 2019. Só então Miguel assinou o contrato profissional, até junho de 2022. Uma das exigências era o garoto integrar o grupo principal. Ele só jogou quatro vezes em 2019, mas começou esta temporada como um dos destaques. Mesmo com Odair Hellmann pregando cautela após a boa atuação contra a Portuguesa, Miguel foi titular e aguentou 81 minutos contra o Bangu. O treinador, preocupado com a questão física, pediu ao jovem que ficasse centralizado, numa posição que desgastaria menos.

Apesar da animação da torcida, a tendência é que Miguel não queime etapas, principalmente quando Odair tiver todos os jogadores à disposição. Enquanto isso, o garoto vai aproveitando as chances. "Miguel é um menino de talento, precisamos saber trabalhá-lo. Vai evoluir. Não está com a maturação fechada ainda. Tem talento e futebol. Se tiver que ficar no banco e entrar, Ok. Vamos tomar as decisões nos treinamentos. Ele é da escola de Xerém, mais um jogador importante para o grupo", afirmou Odair.