Empatezinho murcho

O melancólico ano do Botafogo terminou de forma previsível. O time empatou com o Ceará por 1 a 1, no Nilton Santos, e encerrou o Campeonato Brasileiro na 15ª colocação, sem a vaga na Copa Sul-Americana, o único objetivo que restava na temporada. Os gols foram de Marcos Vinícius, para o Bota, e Thiago Galhardo, para o Ceará.

A vitória do Fluminense por 2 a 1 sobre o Corinthians, no Itaquerão, já eliminaria qualquer chance do Glorioso de ir à Sula. A equipe cearense escapou da degola, deixando essa vaga para o Cruzeiro.

O gol de Marcos Vinícius foi uma das poucas jogadas dignas de destaque num primeiro tempo em que o Botafogo teve algum domínio, mas pouco criou. Aos 35 minutos, o garoto Luís Henrique, de 17 anos, a melhor notícia no fim de temporada, fez bom lance pela direita e cruzou para Marcos Vinícius escorar para a rede. O curioso é que, na jogada, o meia sentiu o músculo da coxa esquerda — em mais uma da triste rotina de lesões na carreira — e foi substituído por Lucas Campos.

Na etapa final, o Ceará veio para o ataque e se soltou mais, sobretudo depois da notícia de que o Palmeiras vencia o Cruzeiro, no Mineirão, o que já garantiria a permanência na Série A. Aos 20 minutos, Mateus Gonçalves tentou cruzar e a bola desviou no braço de Marcinho. Após consulta ao VAR, o árbitro Luiz Flávio de Oliveira confirmou o pênalti, que Thiago Galhardo converteu, batendo no meio do gol. A partir daí, nada a acrescentar.

O público no Nilton Santos certamente foi o grande destaque do jogo, com quase 26 mil presentes. A torcida, que abraçou o time na reta final e foi fundamental para a permanência na Série A, sem dúvida, é que merecia vestir a histórica camisa 7. No fim, o Botafogo é o único carioca sem competições sul-americanas em 2020.