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Mengão vai embalado pelo 'vapo' de Gerson

Marcão, pai do volante, relembra os momentos difíceis no sonho do filho para vencer no futebol. Atleta quer coroar o esforço com o título da Liberta pelo clube do coração

Quando a bola rolar no Monumental de Lima, hoje, a partir das 17h (de Brasília), Gerson terá o orgulho de representar outros 40 milhões de rubro-negros na decisão da Libertadores contra o River Plate, da Argentina. Peça-chave no Flamengo, o talentoso camisa 8 aprendeu desde cedo a driblar as dificuldades. A grana curta não proporcionou atalhos rumo ao estrelato. E, ainda na infância, trouxe a primeira decepção quando ele deixou a escolinha de futsal do Flamengo, em razão da falta de dinheiro para custear o trajeto Nova Iguaçu-Gávea.

O sonho interrompido em meados de 2004 foi realizado este ano. Marcão, pai, conselheiro e empresário do camisa 8, entrou em cena nos bastidores para tornar realidade o desejo do filho de defender o clube do coração. Para muitos, a contratação de cerca de R$ 50 milhões junto à Roma-ITA foi a melhor do Flamengo na temporada. E pode fazer toda a diferença na final da Libertadores.

"A gente sonhava com esse momento, todos os dias. Trabalhava como vigilante em Ipanema. Gerson treinava futsal na Gávea. Quando meu posto de trabalho fechou, pedi uma ajuda de custo, que não foi concedida na época. Eram tempos difíceis. E não tivemos outra opção. Foi muito triste para ele", relembrou Marcão.

À base do 'vapo', Gerson não desistiu do sonho. Rubro-negro roxo, teve de ser convencido pelo pai a aceitar o convite do Fluminense. Em Xerém, desabrochou. Como profissional, jogou ao lado de ídolos como Diego Cavalieri, Conca e Fred antes de ser vendido à Roma, da Itália, em 2016, por cerca de R$ 60 milhões. Pouco aproveitado, foi obrigado a mudar, a amadurecer. Na Fiorentina, também da Itália, conquistou a intensidade que era cobrada desde a base. Contratado pelo Flamengo por cerca de R$ 50 milhões, voltou mais do que preparado para realizar o seu sonho de infância.