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Clássico cercado de expectativas

Fluminense e Vasco fazem hoje no Maracanã um jogo de grande tensão. Na degola, o Tricolor precisa desesperadamente da vitória contra um Cruzmaltino mais tranquilo

O volante tricolor Allan (no alto) volta ao time, assim como o zagueiro vascaíno Oswaldo Henríquez
O volante tricolor Allan (no alto) volta ao time, assim como o zagueiro vascaíno Oswaldo Henríquez -

No primeiro clássico entre Fluminense e Vasco no Maracanã desde a confusão na final da Taça Guanabara, que nos últimos anos tem extrapolado a rivalidade dentro de campo, um ingrediente especial estará presente. Na zona de rebaixamento, os tricolores precisam vencer desesperadamente hoje, às 19h, para respirar no Campeonato Brasileiro, enquanto os vascaínos, mais tranquilos, podem revidar o que aconteceu em 2015 e dificultar ainda mais a vida do rival.

Naquele ano, os dois se encontraram em situação parecida na 33ª rodada, só que o Vasco corria risco de queda e buscava recuperação. Comandado por Jorginho, o Gigante da Colina vinha de invencibilidade de nove partidas e, se vencesse, sairia da lanterna.

Entretanto, o Flu levou a melhor: 1 a 0, gol de Gerson, e subiu para 12º lugar, com 43 pontos, praticamente se salvando. De quebra, o Tricolor encerrou um jejum de dez partidas no confronto e o Vasco desceu por dois pontos.

Agora, quem está na berlinda é o Flu — não vence há quatro jogos, entrou no Z-4 e, após o clássico, pega São Paulo e Inter, fora.

Já o Vasco, em 11º lugar, pode ir aos 41 e praticamente se salvar. Sem perder para o Fluminense há nove jogos (desde o Carioca de 2017), é a chance de colocar o rival em crise justamente no Maracanã.

O estádio tem sido o fator de discórdia entre os clubes por causa do Setor Sul na arquibancada, que, historicamente, era do Vasco, mas passou a ser do Flu após fechar com o consórcio que geria o Maraca. Na final da Taça GB deste ano, o Vasco, mandante do clássico, determinou portões fechados. Se os tricolores não foram ao jogo, o Vasco convocou seus torcedores e a aglomeração virou briga com a PM. Houve feridos. Só então os portões foram abertos, aos 27 do primeiro tempo, por ordem judicial.