Nenhum jogador do Flamengo foi convocado pelo técnico Tite para os dois últimos amistosos da Seleção em 2019, contra Argentina e Coreia do Sul — nos dias 15 e 19 de novembro, na Arábia Saudita e nos Emirados Árabes, respectivamente —, mas o Rubro-Negro foi o principal tema na coletiva após o anúncio dos 23 jogadores. Nenhum deles, aliás, atua no país. Nem a ausência de Neymar, machucado, teve tanta repercussão quanto a boa fase da equipe de Jorge Jesus, que foi muito elogiado por Tite pela ida à final da Libertadores contra o River Plate.
"Grande campanha e grande futebol. Tenho a oportunidade de parabenizar o Jorge Jesus pelo trabalho que vem desenvolvendo. É muito difícil viver em outro país, que tem outra naturalidade de desempenho e desenvolvimento. É um momento mágico. Tu vê a torcida, e a gente anda na rua e vai ao estádio. O Maracanã ferve nessa atmosfera toda. Os atletas de alto nível também. Aí o clube acaba se fortalecendo", disse.
Tite admitiu que gostaria de ter chamado o meia Gerson, mas optou por não convocar quem atua no Brasil. "Vou fazer uma inconfidência. Um torcedor do Flamengo passou e falou: 'Gostou?' Eu disse: 'Parabéns'. Ele falou: 'Convoca o Gerson'. E eu disse: 'Eu não, depois vocês vão me pegar'. Mas taí um que eu gostaria de convocar, o Gerson", revelou Tite, que negou ter recebido um pedido formal do Flamengo para não chamar seus atletas.
Questionado sobre a qualidade do futebol apresentada pela Seleção em comparação com a do Flamengo, Tite demonstrou certa irritação. "É muito profunda a pergunta, a gente entra em detalhes táticos muito abrangentes", comentou. "Trago o modelo da Seleção e comparar fica um pouco injusto. Aí tu pega e quebra o tornozelo do cara. Pega o melhor do momento do Flamengo e compara com o pior momento da Seleção, que não vence há quatro jogos", frisou o comandante.