Mais Lidas

Dois lados da rivalidade

Tita relembra duelos históricos de Flamengo e Grêmio na semifinal de 1984

Gabigol desembarca em Porto Alegre: 
o atacante é a maior esperança de gols 
do Mengão
Gabigol desembarca em Porto Alegre: o atacante é a maior esperança de gols do Mengão -

Poucos conhecem tão bem a rivalidade de um Flamengo x Grêmio pela Libertadores quanto Milton Queiroz da Paixão. Ídolo das duas torcidas, campeão continental pelo Rubro-Negro, em 1981, e pelo Tricolor, em 1983, Tita viveu os momentos de glória dos dois times na competição. E também guarda na memória outro capítulo marcante na luta pelo maior título de clubes da América do Sul: as semifinais de 1984.

Vestindo a camisa 10 que havia sido de Zico, Tita travou três duelos épicos com Renato Gaúcho, que levou a melhor em jogo de desempate, no Pacaembu. O 0 a 0 após 120 minutos, em 19 de julho, deu a vaga na final — no saldo de gols — ao Grêmio, que havia vencido no Olímpico (5 a 1) e perdido no Maracanã (3 a 1). A ULA, da Venezuela, foi o saco de pancada dos brasileiros no Grupo B — derrotada nos quatro jogos, sofreu 13 gols e marcou apenas dois.

"Aquelas partidas foram fantásticas. A decisiva, em São Paulo, foi a mais equilibrada. O Flamengo dominou o Grêmio, pressionou muito, mas não conseguiu o gol. Fiquei frustrado, pois sonhava com mais um título. Não é qualquer jogador que tem duas Libertadores. Ainda mais por times diferentes, mas eu queria muito conquistar mais uma", revela Tita.

"Minha primeira Libertadores, pelo Flamengo, foi espetacular. Com o Grêmio, dois anos depois, foi maravilhosa. Mas ser campeão é sempre especial", brinca o ex-jogador, que desmente polêmica criada na partida disputada no Olímpico, de que o Flamengo teria sido goleado porque foi a campo com camisas de mangas curtas na gélida noite de Porto Alegre. "Isso é uma bobagem", diz.