Mais Lidas

Zero a zero é goleada!

Vascão empata com o Ceará e segue na elite, mas fica fora da Sul-Americana

Novidade na escalação, Caio Monteiro foi substituído por Marrony aos 19 minutos do segundo tempo
Novidade na escalação, Caio Monteiro foi substituído por Marrony aos 19 minutos do segundo tempo -

Suadeira, unhas roídas, dor de barriga. Sintomas que os torcedores do Vasco sentiram ontem contra o Ceará, no Castelão. A combinação de resultados na rodada prejudicava o Cruzmaltino. Se sofresse um gol era mais uma Segundona na conta. Mas o empate em 0 a 0 foi o suficiente para o time se manter na Série A.

Dentro de campo o Vasco fez exatamente o que mostrou durante toda a temporada: nada. Já livre do risco da degola, o Ceará precisava da vitória para chegar à Sul-Americana. A dupla de zaga, formada por Werley e Leandro Castán, segurou a mamona lá atrás, mas o meio de campo parecia não conversar. Maxi López, isolado, pouco via a cor da bola. Só aos 10 minutos, quando marcou um gol em impedimento claro e o juiz anulou. O argentino, que sofreu uma pancada no treinamento durante a semana, claramente jogou no sacrifício.

A tensão permaneceu durante todo o primeiro tempo, e deve ter descido junto com o time para o vestiário. A etapa final foi de um Ceará com mais posse de bola, mas pouca efetividade, contra um Vasco que apostava na correria, mas tropeçava nas próprias pernas.

A metade do segundo tempo foi a hora do desespero. A Chapecoense marcou contra o São Paulo, o que balançou a parte baixa da tabela. Minutos depois, era o Sport que vencia o Santos. Se o Vasco tomasse um golzinho, confirmava o quarto rebaixamento da sua história.

Mas o pior não aconteceu. O Cruzmaltino, mesmo aos trancos e barrancos, segurou o 0 a 0 e mostrou lá em Fortaleza que é o Gigante da Colina. Ano que vem é Série A.

"Valeu todo o esforço. A gente lutou o ano inteiro, batalhou. Eu sei que é difícil para o torcedor, mas nessas horas não tem dor, não tem cotovelada, não tem pancada que me tire do jogo. Tá no meu DNA", afirmou Luiz Gustavo, que sentiu o joelho e jogou todo o segundo tempo no sacrifício.