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Paquetá se despede do Fla com derrota

Em recorde de público no Maraca, time perde pro Furacão de virada

Lucas Paquetá disputa bola. Meia ganhou o carinho da torcida
Lucas Paquetá disputa bola. Meia ganhou o carinho da torcida -

O jogo não valia nada, mas para Lucas Paquetá era tudo. O Flamengo perdeu ontem para o Atlético-PR por 2 a 1, no Maracanã. A derrota não mudou em nada a posição do Mais Querido no Brasileirão seria o vice-campeão de qualquer forma. Mesmo assim, mais de 60 mil pessoas foram ao estádio se despedir da promessa rubro-negra. Paquetá agora arruma as malas e embarca para o Milan, da Itália, time que irá defender a partir de janeiro.

A emoção começou antes de a bola rolar. Enquanto o Hino Nacional tocava, Paquetá era só lágrimas. Seus pais e a esposa estiveram na arquibancada do Maracanã para ver a despedida do garoto de 21 anos, revelado no clube do coração. Dentro de campo, o que se viu foi um Flamengo desinteressado, e um Atlético-PR com a cabeça nos duelos da final da Copa Sul-Americana contra o Junior Barranquilla (COL), nas duas próximas quartas-feiras.

Com dez reservas Marcelo Cirino foi o único titular no '11 inicial' , o Furacão tinha maior posse de bola, mas era pouco eficiente. O Flamengo, que também levava o jogo como um amistoso, abriu o placar aos 22 minutos. Diego cobrou um belo escanteio na cabeça de Rhodolfo. O zagueiro se esticou e testou a bola no canto do goleiro Felipe Alves: 1 a 0.

Mas todos os olhos estavam voltados para Paquetá. O garoto teve boa atuação, com as qualidades de sempre: talento, inteligência e raça. Os defeitos, como o jeito um pouco 'fominha', também apareceram.

O Flamengo voltou bem sonolento para o segundo tempo, e os visitantes estavam dispostos a colocar água no chope. Aos 19 minutos, Uribe saiu jogando mal. O Furacão trocou passes e a bola chegou em Rossetto, que chutou forte para empatar a partida. Seis minutos depois, em outro bom ataque do Furacão, Rony soltou uma pancada de fora da área no ângulo de César. Era a virada de 2 a 1 do Atlético-PR.

Mas o resultado pouco importava. Os 66.046 torcedores que lotaram o Maraca no maior público do ano no Brasileirão queriam dar tchau para Paquetá, o menino criado sob as asas do Urubu. Ele mesmo já prometeu não ser um adeus, e sim um 'até breve'.