No Fluminense não tem essa de 'lei do Tiririca'. Pior que tá fica, sim. O clima foi quente no treino de ontem, no CT da Barra da Tijuca. Cerca de 30 torcedores invadiram o local enquanto os jogadores se aqueciam. A intenção era cobrar o elenco pelos péssimos resultados: já são oito jogos sem vencer e sem marcar um gol. Quinta-feira, a diretoria demitiu o técnico Marcelo Oliveira. Em meio a esse turbilhão, o Fluminense joga a vida amanhã, contra o América-MG, no Maracanã.
Era a primeira atividade comandada pelo técnico interino Fábio Moreno, e a confusão começou ainda durante o aquecimento. Os torcedores chegaram horas antes para um protesto no portão do CT, mas decidiram entrar para pegar os jogadores no campo. Houve tumulto, e quem segurou a onda foram os atletas mais experientes, como os zagueiros Gum e Digão, e os goleiros Rodolfo e Júlio César. O mais visado foi Marcos Júnior.
Os cerca de 30 invasores procuraram pelo presidente Pedro Abad, mas não acharam. Sobrou para o diretor executivo de futebol, Paulo Angioni, que precisou acalmar os ânimos da galera. Na quinta-feira, alguns torcedores já tinham ido para a porta da sede nas Laranjeiras para cobrar mudanças no time e na diretoria.
Em nota, o Fluminense disse que "repudia a invasão" ocorrida. Afirmou também que "o clube não se opõe a manifestações", mas que "esse não é o momento de manifestos que perturbem o ambiente, e sim de união para atingirmos nosso objetivo no domingo".