Só resta ficar na elite

Em mais uma atuação sofrível, o Fluminense perdeu ontem por 2 a 0 para o Atlético-PR, no Maracanã, pelo jogo de volta das semifinais da Sul-Americana, repetindo o placar da derrota em Curitiba. Desta forma, o Tricolor deu adeus ao sonho de conquistar o seu primeiro título continental.

"O importante é dizer que o torcedor está de parabéns pelo que fez. Lutamos muito, mas faltou alguma coisa. Não fomos merecedores", disse Gum, que projetou o duelo com o América-MG, de novo no Maraca, pela última rodada do Brasileiro: "Vamos precisar desse apoio domingo novamente. Nós, jogadores e torcida, podemos salvar o Fluminense". O empate serve para evitar a degola.

Desorganizada, sem inspiração e perdida em campo, a equipe tricolor viu o Furacão jogar com tranquilidade e consciência. Como sofreu o primeiro golpe logo aos quatro minutos da etapa inicial, a paciência da galera acabou cedo. O presidente Pedro Abad, apontado como o responsável pelo momento tenebroso do clube, foi o alvo predileto das vaias e das palavras nada carinhosas.

O técnico Marcelo Oliveira, que, inexplicavelmente, voltou ao esquema com três zagueiros, foi chamado de "burro" principalmente após o comandante resolveu desfazer a trinca de defensores antes da metade da etapa inicial.

E se a vaca já tinha ido para o brejo no primeiro tempo, aos nove, Bruno Guimarães fechou o caixão. Irritada, boa parte da galera foi embora cedo. Sob os gritos de "olé" dos visitantes, o Flu chegou ao oitavo jogo sem fazer gol 762 minutos (ou 12 horas e 42 minutos), sem contar os acréscimos. No período, levou 12 gols.