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O sofrimento não para

Derrota do Vasco em casa ressuscita fantasma do risco de rebaixamento à Série B

A torcida ficou desolada com a derrota que manteve o risco de degola
A torcida ficou desolada com a derrota que manteve o risco de degola -

Festa no lado palmeirense, apreensão e decepção no vascaíno. A vitória de 1 a 0, em São Januário, garantiu ao Palmeiras o décimo título brasileiro, com uma rodada de antecedência, e prolongou o drama do Vasco na luta contra o rebaixamento para o decisivo confronto com o Ceará, domingo, no Castelão. Vascaíno na infância, Deyverson fez o gol do título e adiou o futuro do time do coração para a última rodada.

Até o fim do primeiro tempo, a confiança do Vasco foi medida pela maciça presença do torcedor. A uma vitória do título, o Porco bem que tentou justificar a privilegiada situação. Na briga na parte de baixo da tabela, o Vasco fez valer o peso de sua vitoriosa camisa em casa.

Assim, a pressão inicial do Alviverde perdeu força. Muito por conta da aplicação dos jogadores do Vasco na marcação e do encaixe de contra-ataques, puxados por Thiago Galhardo e Pikachu, que teve boa chance para abrir o placar.

A resposta do Palmeiras veio no venenoso chute de Bruno Henrique, rente à trave esquerda. Jogando junto com o time, o torcedor vascaíno não deixou de cobrar e cantar: "Ei, Vasco, vamos jogar". O aplauso para os jogadores ao fim do primeiro tempo foi o agradecimento pela entrega que 'segurou' o líder do Brasileiro.

A irritação de Felipão à beira do gramado mudou a postura da equipe paulista na volta do intervalo. Com a vitória parcial do Flamengo sobre o Cruzeiro, o Palmeiras começou melhor. Pressionado, o Vasco perdeu em saída de bola. Isolado, Maxi López pouco pôde fazer. Deyverson, que entrou no lugar de Borja, precisou de 12 minutos em campo para abrir o placar. Aos 28, ele escorou a açucarada bola de Willian Bigode.

Em menor número, a torcida do Palmeiras explodiu em emoção, aos gritos: 'É campeão'. Em silêncio, a do Vasco sentiu o baque do gol, assim como o time, sem força para reagir. A situação piorou com a expulsão de Pikachu, por reclamação no fim. Com 19 gols no ano, o apoiador será um desfalque de peso contra o Ceará, jogo que pode decidir a permanência na elite e até uma vaga na Sul-Americana de 2019.