Danni Suzuki atira com fuzil em série

Foram dois meses de treinamento. Aqui no Brasil, fez aulas de posicionamento (avança, recua, gira na retaguarda, transição — de uma arma para outra). As aulas de tiro foram nos Estados Unidos, com um atirador esportivo que ensina estrelas de Hollywood como Will Smith e Keanu Reeves.

"Já tinha atirado com espingarda quando morei no Alasca. Mas fuzil e arma de pequeno porte foram uma grande novidade pra mim", entrega Danni Suzuki, a capitã Luciana da série Arcanjo Renegado (com 10 episódios disponíveis no Globoplay desde sexta-feira), cujos dois primeiros episódios serão exibidos hoje, na Tela Quente Especial, da Globo.

Na série, Luciana é capitã da Polícia Militar. Ela é chefe do posto policial de Miracema, uma cidade no interior. "Uma mulher com distintivo não é uma mulher comum, né? Principalmente em uma posição de capitã de um batalhão", frisa.

Perguntada sobre qual foi o momento mais tenso da produção, a atriz não pensou duas vezes. "Acho que as cenas de sexo foram um desafio para mim. Foi mais difícil do que atirar", riu.

Quando o assunto é machismo, Luciana tem muita segurança do lugar dela e impõe respeito. "Ela consegue estar no lugar de liderança e sabe bem como lidar com o machismo", esclarece. Perguntada se já sofreu com o machismo na carreira, diz: "Vivemos em um mundo machista, mas sempre soube me impor para obter meu respeito."

Realidades da cidade na tela

A série toca em temas sensíveis ao dia a dia de muitos brasileiros, como guerra urbana, medo da violência, morte de inocentes, abuso de poder e corrupção, entre outros. "Quando li o roteiro, meu coração disparou. José Júnior (autor) é um cara fantástico, muito criativo e criou esse projeto com muita verdade, um projeto que tem alma. O personagem (Luciana) era muito atraente para mim, pois nunca tinha feito nada parecido. E também não se nega uma oportunidade de trabalhar com Heitor Dhalia (diretor), né? Admiro muito ele", derrete-se.

Danni prefere se posicionar de forma positiva sobre a situação do Rio. "Em meio a tanta violência, existem muitos profissionais no combate com amor a sua profissão e agindo com a verdadeira vontade de fazer a diferença e transformar o mundo em um lugar melhor", torce.