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Coragem na hora de se transformar

Atriz mudou o visual e está em 'Amor de Mãe'

'Precisamos de oportunidades. Sem elas, não fazemos nada', diz Erika
'Precisamos de oportunidades. Sem elas, não fazemos nada', diz Erika -

No Dia da Consciência Negra, Erika Januza decreta: "Precisamos de oportunidades. Sem elas, não fazemos nada". Aos 33 anos, a atriz espera que mais autores escrevam personagens e tramas para artistas negros, sem estereótipos. "Que nos vejam pelo talento", diz a intérprete da tenista Marina, de Amor de Mãe, próxima novela das 21h, que estreia segunda-feira na Globo.

Erika observa avanços, mas ainda sente falta de mais representatividade, e não apenas na TV. "Tudo bem em fazer uma empregada, não vejo problema. O que não queremos mais é ser só isso. Quantos médicos negros existem? Juízas? advogadas? Podemos ser qualquer coisa, inclusive empregados ou médicos", defende.

O corte de cabelo, ou o penteado, é outra questão que mexe com a atriz. Há cerca de três meses, ela optou pelo visual curtinho. "Ouvi coisas do tipo: 'Nossa, por que você fez isso? cabelo de homem' ou 'Ah, não está tão bonita quanto era antes'. Seguindo esse raciocínio, a beleza não estava em mim, mas no meu cabelo. Tudo bem, sou assim. Eu quis mudar. Não era transição, porque o meu cabelo já tinha passado por transição, era mesmo um desejo de mudança", explica.

Antes de cortar as madeixas, Erika procurou José Luiz Villamarim, diretor artístico de Amor de Mãe. Villamarim e os profissionais da caracterização aprovaram a ideia. "Aí eles começaram a fazer os protótipos de como eu seria careca. Aí eu falei: 'Calma, gente, careca não. Vamos com calma'", lembra ela, aos risos.

'Me apaixonei pelo esporte'

Na novela das 21h, escrita por Manuela Dias, Marina — personagem interpretada por Erika — tem jornada dupla. Trabalha em um bar e treina muito para ser campeã de tênis. É namorada de Ryan (Thiago Martins), mas sua prioridade no momento é correr atrás do título no esporte e ser uma tenista consagrada. "Vai rolar esse momento, novela tem que ter esse conflito: o homem que ela ama ou o amor pelo esporte. Já optei pelo amor em vez do trabalho, mas hoje não faria de novo. Era bem imatura e foi só uma vez", conta a atriz, que pratica tênis há quase um ano. "Me apaixonei pelo esporte. Jogo quase todos os dias. Assisto aos jogos, estou vidrada nos campeonatos. Estou batendo uma bolinha, consigo me virar e ainda não precisei de dublê", diz.

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