O samba está no sangue de Patrícia Costa, a intérprete de Esther, em 'Bom Sucesso', da Globo. A atriz, que é neta de um dos fundadores da Portela, aproveita sua experiência pessoal na hora de criar a personagem, que na trama é a líder das costureiras da escola de samba Unidos de Bom Sucesso. "Minha vivência empresta autenticidade na composição da Esther. Nasci neta de um dos fundadores da Portela, Cláudio Bernardo da Costa (falecido em 2000), de quem herdei a paixão pelo carnaval e mergulhei nesse universo através da dança do samba", conta a atriz, que desfilou como Rainha de Bateria da Unidos do Viradouro em 1997, ano em que a escola foi campeã pelo Grupo Especial.
"Samba é fundamento, é patrimônio cultural e razão de viver de muita gente. Eu abraço essa missão com orgulho e imensa gratidão por todos os momentos maravilhosos que tive o privilégio de viver no carnaval carioca. Interpretar a Esther me traz a possibilidade de reverenciar meus ancestrais e exaltar a arte do nosso povo. É um presente que tenho prazer em compartilhar", comemora Patrícia, que repete em 'Bom Sucesso' a parceria com Paulo Halm e Rosane Svartman, autores de 'Totalmente Demais' (2015 — 2016), novela em que a atriz interpretou Cleide. "Sou fã da escrita deles, da forma como abordam com tamanha delicadeza e bom humor assuntos tão profundos, sobre a vida e as relações. Fico muito à vontade em dar vida aos personagens que eles escrevem, porque o texto é gostoso de saborear. Eles têm a fórmula certa para atrair o público do início ao fim", afirma.
A opinião dos espectadores nas ruas e nas redes sociais, inclusive, só mostra o quanto a novela tem acertado em cheio ao mostrar na telinha figuras que podem ser encontradas no dia a dia, acredita Patrícia. "Tenho recebido um retorno bem positivo do público que ama carnaval e está orgulhoso de se ver representado na novela, com respeito e veracidade. Sou muito feliz com as experiências que já tive na TV", comemora ela, que aponta o trabalho atual como sua personagem de maior destaque até hoje. "Gosto de ser desafiada e sonho com papéis que tenham sua própria história para contar. Nossa sociedade é tão potente na sua diversidade e merece ser retratada na TV", ressalta.
Parceria com Grazi
Teatro melhorou a timidez
Com mais de 20 musicais no currículo, Patrícia é formada em Arquitetura, mas revela que se descobriu cantora ainda na infância. "Meu pai tocava violão e minha mãe cantava, fui 'regada' de Bossa Nova. Nos saraus que meus pais frequentavam, os adultos me pediam pra cantar porque eu era afinada, mas eu era muito tímida. O teatro me ajudou a vencer a timidez", relata ela, que está no elenco do filme Tô Ryca 2, que estreia em breve. "Foi um experiência incrível contracenar com uma turma 'top' do humor brasileiro", conta.