Ele está do lado da lei

Leandro Firmino tinha 24 anos quando Dadinho, do filme Cidade de Deus, chamou a atenção do público. "Às vezes, as pessoas me abordam na rua e me chamam de Zé Pequeno. Eu procuro, de forma tranquila, falar o meu nome. Porque as pessoas acabam esquecendo o nome do ator e mais lembrando o nome do personagem", revela Firmino, que atualmente tem 40 anos e está no ar em Órfãos da Terra, da Globo.

Em sua primeira novela na emissora, o ator está na pele de Tomás, um policial civil que não descansa em serviço. "Está sendo bem bacana fazer novela. Tinha muito tempo que não fazia. A parceria com o Danton (Mello, que vive o delegado Almeidinha) está sendo bem legal. A gente está se divertindo bastante em cena", conta Firmino.

Com 17 anos de carreira, ele diz que, mesmo já tendo vivido quatro criminosos na tela, vez ou outra ainda surge convite para fazer algo parecido com o inesquecível Zé Pequeno. "Não tenho problema algum em interpretar bandido. Acho que, ao longo da carreira, você pode  fazer muitos personagens, mas o importante é tentar variar", defende ele, que não esconde um sonho. "Mas quem sabe um dia alguém pode me convidar para viver um médico, um professor", torce.

Firmino afirma que, infelizmente, o ator negro ainda é muito convidado para personagens que estão na criminalidade. "Acaba que a cor negra fica muito presa aos estereótipos de alguns personagens. Mas acredito que isso de alguma forma está mudando, de uma forma branda, mas está".

Paralelamente aos projetos profissionais, Leandro destaca que não abre mão de dedicar as horas à mulher, a assessora artística Letícia Freitas, e aos filhos Levi, de 1 ano, e Miguel, de 7. "Eles são meu alicerce, sem eles não respiro", derrete-se, apaixonado.