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Leandro Hassum fala sobre seu show drive-in: 'A gente está precisando tanto rir'

Apresentação acontece na Cidade das Artes, neste domingo, às 20h

Leandro Hassum
Leandro Hassum -

Leandro Hassum apresenta seu solo de stand-up comedy Leandro Hassum Show, hoje, na Cidade das Artes, na Zona Oeste do Rio, às 20h. À coluna, ele adianta detalhes da apresentação, como tem sido a quarentena e fala sobre a saudade da esposa, Karina e da filha, Pietra, de 20, que estão nos Estados Unidos. Confira a entrevista!

Quais são os assuntos que você vai abordar no show, Leandro?

Meu show fala sobre cotidiano, sobre famílias, viagens, sobre roubada, casamento, sobre isolamento. É um show de identificação. Meu humor sempre foi esse humor de identificação. Quem for assistir, não vai deixar nada a desejar. Eu quero que quem estiver dentro do carro se cutuque e diga: 'Olha, é igualzinho lá em casa'. E ria das situações, que talvez você não perceba no dia a dia, mas que com um olhar de humor podem se tornar bem engraçadas. Principalmente neste momento que a gente está precisando tanto rir e se divertir.

É um show novo?

Na verdade, é um Frankenstein. É a montagem com os clássicos de todos os meus shows. Justamente por eu estar fazendo em um drive-in, eu escolhi não experimentar números muito novos. A partir da coisa do isolamento, tem muitas coisas novas, sim. E tem a novidade de ser em um drive-in e isso traz muita brincadeira nova. Mas são as cenas clássicas, que todo mundo espera que eu faça, que todo mundo curte, todo mundo comenta.

É a primeira vez que você participa de um projeto drive-in?

Não é a primeira vez. Em julho eu fiz nove shows, em São Paulo, no Rio e em Niterói. Graças a Deus, todos um sucesso. Casa lotada. E me sinto muito orgulhoso de depois disso ter aberto a porta pra vários amigos comediantes começarem a fazer também.

A arte é um dos setores que mais sofrem e sofreram com a pandemia. Acha que essa reinvenção da classe vem sendo importante? 

A arte e a cultura vão ser as últimas a voltar porque não pode ter aglomeração. Acho que o drive-in é uma opção muito viável pra gente não só levar alegria pro público, pra que o público possa dar esse respiro de alívio no meio de tanta preocupação que a gente está na nossa cabeça, assim como é importante para nós artistas estarmos em cena. Eu costumo dizer que um artista sem palco é um corpo sem coração. E, sim, é mais uma forma da gente estar empregando muita gente da área técnica, dando suporte a pessoas neste momento que estão sofrendo muito financeiramente. E não só a parte financeira. Também a emocional. De não estar produzindo. E eu me incluo nessa parte de sentir necessidade de estar produzindo, de estar trabalhando. Então, eu acho que, sim, é muito importante que a gente faça de tudo para que a cultura esteja presente. Já que a gente não está sendo valorizado nem tá sendo uma preocupação nesse momento, que pelo menos a gente faça a nossa parte.

Você não parou durante a pandemia, né? Você fez vídeos falando da quarentena, agora vai fazer sua turnê. Essa foi uma maneira que você encontrou de não ficar entediado?

Sem dúvida. Meus vídeos, minhas brincadeiras, eram uma forma que eu conseguia me manter vivo, trabalhando e atuando, que é minha grande paixão. A ideia do drive-in veio lá atrás quando tudo isso começou, por eu já ter feito um show drive-in em Boston (EUA), logicamente que as pessoas não estavam nos carros, estavam em cadeiras, mas eu tive um feeling de que isso seria uma possibilidade nesse momento que estamos vivendo. Logicamente, era uma ideia tão óbvia que muitas pessoas fizeram e seria muito difícil eu sozinho, morando de longe, viabilizar todas as licenças e tudo mais. Mas foi importante que isso aconteceu e eu fiz questão de participar desse momento.

Sua família está nos Estados Unidos. Você tá sentindo falta deles?

Sinto falta diariamente. Pretendo voltar assim que acabar minha agenda, meus compromissos que estão aqui.

Quais são seus planos para depois da pandemia, Leandro?

São tantos. Porque assim, todos os meus projetos que estavam neste ano, desde abril, que começava a minha agenda, desde teatro, gravação de seriado, gravação do meu programa na TNT e outros trabalhos também, acabaram sendo empurrados para o ano que vem, em 2021. Então, se Deus quiser, e se tudo isso melhorar, e quando tudo isso melhorar, eu vou ter um 2021 de muitos projetos, que em breve vocês vão estar sabendo.

 

Leandro Hassum RODRIGO LOPES/ DIVULGAção
Leandro Hassum RODRIGO LOPES/ DIVULGAÇÃO