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'Cometi erros que me proporcionaram muita sabedoria'

Vitinho é um dos nomes do momento quando o assunto é pagode. À coluna, o cantor fala sobre carreira, família e mais!

Vitinho
Vitinho -

Vitinho despontou na carreira quando fazia parte do grupo Disfarce. Hoje, aos 30 anos, o cantor segue carreira solo e é uma das grandes promessas do pagode. À coluna, ele fala sobre o lançamento de seu novo DVD Sonhos, parceria musical com Péricles, descoberta da paternidade e muito mais. Confira tudo! 

Qual a sua expectativa para o lançamento deste novo DVD?

Estou muito ansioso. Já lancei a primeira música, 'Sobrenome', com a participação do Péricles e estou tendo um retorno, além de uma repercussão muito positiva. Já temos o show de lançamento marcado, na Acadêmicos da Rocinha e o DVD está previsto para ser lançado no início de setembro. Quero largar logo esse DVD na pista, pra galera sonhar junto comigo.

Por que o nome 'Sonhos'? Como as participações foram escolhidas?

Estou numa fase da vida onde muitos sonhos estão se realizando. Por isso, o nome. Esse DVD é um sonho pra mim. Sem contar as participações, já que eu sempre quis cantar ao lado do Péricles, que é meu ídolo. Além do Sorriso, Pixote, que são referências no segmento. Eu cresci ouvindo essa galera e pra mim foi uma honra todos eles terem aceitado. Foram grandes artistas, cantando comigo numa estrutura monstruosa, que eu nunca imaginei gravar. Escolhemos as participações para agregar, por estarem com lindos trabalhos. O Ah!Mr. Dan e o G15 são meus amigos e fiquei feliz de participarem. E ainda teve Tiee, que é uma das revelações do samba.

Conta pra gente um sonho que já se realizou e outro que você ainda está buscando conquistar.

Um dos sonhos que realizei foi viver da música e ser reconhecido pelo mercado, pelos meus ídolos. Vim do interior, de Três Rios, e isso era uma coisa quase que impossível. Trabalhei duro e estou conseguindo viver só de música. Ver meu nome sendo citado em um mercado que é muito competitivo, entre os artistas que eu admiro, é uma satisfação. Meu sonho a ser conquistado é ser uma grande referência para as próximas gerações, a ponto de ser lembrado pelo que plantei. É isso que a gente que ama a música quer.

Como é a sua relação com os fãs? Já ganhou algum presente inusitado ou tem alguma história curiosa?

Minha relação com os fãs é bem direta, tranquila. Procuro sempre dar atenção. É uma troca muito positiva. Estão sempre presentes nos lançamentos, me apoiando. Considero eles como parte da minha família, estão sempre me motivando e alavancando a minha carreira e meus projetos. Presente inusitado eu não lembro. Guardo todos os presentes e fico muito feliz quando os recebo. Mas não me importo com coisa material, sempre guardo os momentos. Meus fãs são muito fiéis.

No dia dos pais, você fez anúncio que vai chegar um baby em breve. Qual a sensação de ser pai? Quanto tempo você tem de casamento? Ela sente ciúmes das fãs? Já estão pensando no nome?

Ser pai está sendo uma sensação única na minha vida. Veio num momento certo, de estabilidade na minha carreira. Pra mim, o maior momento de realização está sendo agora. Juntou a gravação do DVD, tudo estar indo bem no meu trabalho e pra fechar a tampa veio a notícia de que vou ser pai. Isso me deixou muito feliz. Eu e a Ingrid (Gobbi) já estamos juntos há 11 anos. É uma realização, uma vitória do nosso amor, do nosso relacionamento. Tô muito feliz, não poderia ter momento melhor. Minha esposa me apoia muito, super entende meu trabalho, meus fãs a adoram e têm um contato bem próximo com ela. Já estamos pensando no nome sim. Se for menino já tenho a minha escolha e se for menina, ela também já escolheu a dela. Ficamos cada um com essa meta, se for menino eu escolho e se for menina, ela escolhe.

Quanto tempo você tem de carreira? Você acha que está vivendo o seu melhor momento? Por quê?

Eu comecei a minha carreira aos 13 anos, cantando na noite e acredito que esse, finalmente, está sendo o melhor momento da minha carreira, pois estou mais amadurecido. Ao longo desse tempo, acumulei muita experiência. Cometi erros que me proporcionaram muita sabedoria. Tudo foi uma escada para chegar aqui hoje. E tudo isso serviu para construir uma carreira mais sólida.

Existe um momento especial ou inesquecível da sua carreira.

A música tem isso de bom: ela nos surpreende a cada dia. Eu tenho alguns momentos inesquecíveis, não só um. Um deles foi ter conhecido e cantando com algum dos meus ídolos, como Péricles e Liomar (Pique Novo). O outro foi ter gravado esse DVD, com uma super estrutura e ter todos os convidados, as participações e, principalmente, me enxergar como um deles. Por conta de toda a minha trajetória, foi muito especial e gratificante.

Qual a sua opinião sobre esse novo cenário do pagode?

A minha opinião é que o pagode voltou para ficar. O segmento está mais unido e a rapaziada nova está chegando com novidade, com uma visão empreendedora. Se entendeu que precisamos estar juntos para fortalecer nosso segmento, para que os talentos estejam no mercado, para que o movimento se firme. Estamos lutando para que o pagode seja mais falado. Estão criando uma nova mentalidade. E fico muito feliz com isso. O samba passou por uma fase muito ruim, mas conseguimos aprender bastante coisa e isso proporcionou a galera a ter uma nova consciência. Estamos juntos, nos ajudando, para que o pagode predomine de vez.

Acha que o segmento está crescendo com a chegada de novos grupos e cantores?

Sim, está crescendo e se renovando. Os novos talentos estão vindo com uma visão nova, de trazer surpresas, novidades, uma nova linguagem e é isso que o samba precisa.

No meio do samba, quais são as suas referências?

Conheço todo tipo de samba, desde o raiz ao romântico. Mas, me identifico mais com o pagode romântico. Curto muito o Raça Negra, Péricles, Pique Novo e Belo. Sempre me emocionaram e me impressionaram muito e influenciam demais na minha maneira de cantar.

Você está gerenciando sua carreira junto com um sócio. Conta pra gente como está sendo essa experiência.

Sim, estou gerenciando minha carreira junto com o Márcio Baika, que é meu sócio e meu diretor musical e abrimos a 2por2 Produções. Quando segui carreira solo (Vitinho fez parte do grupo 22 Minutos), não tinha empresário nem investidor. A gente teve que administrar e organizar tudo na raça e no suor. E tudo que aprendemos sobre planejamento, ficou dividido com a gente. A gente se dividiu e ele ficou responsável por vendas e a parte musical. E eu fiquei com a parte de marketing, na época. Aprendi muito sobre internet e até Photoshop para fazer as minhas artes, porque a gente não tinha dinheiro para pagar alguém que fizesse. E hoje gerenciamos a carreira do Pedrinho do Cavaco também. Cheguei a fazer parte de uma produtora, por um ano e meio, mas acabou não dando certo. Cada artista tem uma identidade e eu sentia falta disso. Por bem, preferimos seguir nosso caminho e gerenciar conforme nossas ideias. Essa escolha foi muito boa e ainda continuamos a aprender. O aprendizado é constante, mas sigo muito mais satisfeito.

Vitinho 2por2 Produções / Divulgação
Vitinho 2por2 Produções/Divulgação
Vitinho 2por2 Produções/Divulgação