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'abraçando cada oportunidade

No ar no Dancing Brasil, da Record, MC Koringa fala sobre a participação no programa, carreira e mais.

MC Koringa
MC Koringa -

Como cantor e compositor, MC Koringa embala seu público com seus sucessos. Mas, agora, ele entrou na dança e está no ar no Dancing Brasil, da Record. À coluna, o funkeiro fala sobre sua participação na atração, carreira, suas filhas Thamyris e Lívia e muito mais. Confira! 

Conta um pouquinho pra gente como vai ser essa experiência de dançarino? 

Estou acostumado a colocar a galera pra dançar e, agora, eu dancei! (risos). Mas tô em ótima companhia. A Bela Fernandes está desenferrujando as minhas cadeiras aqui. Ela tem o olhar técnico da coisa. Ela vem extraindo coisas de mim que nem eu imaginava que era capaz. Só as dores que a gente tem que aprender a conviver. Além da Bela como parceira, eu tenho a dor como grande parceira, que eu espero que não me acompanhe durante o programa. A Bela, sim, mas as dores, não (risos). Tô gostando da experiência, estava precisando de algo que me movesse, algum desafio novo. Eu precisava me jogar em algo inesperado, inusitado.

A Xuxa quer que vocês dancem funk. A responsabilidade aumenta?

Ela não gosta pouco, gosta muito! Ouvi um passarinho aí, chamado Xuxa, falando que vai ter um lance de tema livre. Se tiver funk, já vai preparando a mão no joelho, ensaiando o quadrinho.

Você poderia dançar a sua música!

Já pensou? Lançar música nova aqui no 'Dancing'?

E tem música nova?

Tem! E o nome da música nova que a gente vai lançar tem tudo a ver com isso que está acontecendo aqui. O nome da música é 'Mostra o seu talento'. Quando fiz essa música, nem sonhava em participar do 'Dancing'. Estamos agora fazendo os ajustes finais no clipe, e, em breve, vamos soltar pra galera. O clipe foi gravado no Retiro dos Artistas, está bonito pra caramba.

Você agora está com uma pegada de produtor também, não é?

Sim. Na verdade, produzi as minhas músicas desde 2001 para cá. Às vezes sozinho, às vezes em parceria com grandes DJ's, como é o caso do Dennis, do DJ Wall-E, do DJ Tubarão, Marlboro. Mas eu não botava a cara, não assinava. Hoje, como produtor, eu assino como Joker Beats. A primeira vez que botei a cara como produtor, que assinei, foi a música 'Quero que tu vá', da cantora Ananda. E aí, eu acostumei.

Mas, por que mudar o nome? É para desvincular o cantor do produtor?

Como MC Koringa, tenho uma linha de trabalho. Mas não queria deixar de fazer outras coisas por causa da imagem que tenho como MC Koringa. E o Joker Beats pode apimentar um pouco mais as coisas.

A pressão é grande para você lançar hits?

A galera cobra bastante, apesar de eu recuar um pouquinho meu time, por olhar o mercado atual e não querer sair tanto da minha linha. Mas a galera cobra demais, ainda mais por ter tantas músicas em novela. Mas eu entendo eles. Acho que o mercado tem bastante música para dançar, mas eu tô preparando um lance bem bacana, dentro do que eu faço.

A galera sente falta desses funks mais leves, porque hoje em dia a batida é bem mais forte, certo?

A batida até que é boa, mas as letras estão mais picantes. Não dá para você tocar em qualquer lugar, numa festa de 15 anos, num casamento, formatura. Então, vou continuar na minha linha, sofrendo influências do que está rolando, claro, porque a gente tem que se atualizar, mas sem sair do que já estou acostumado a fazer.

Você acha que é por isso que as suas músicas, mesmo as mais antigas, ainda fazem tanto sucesso?

É um conjunto de coisas que eu atribuo a isso. Primeiro, os DJ's, professores de dança, que abraçaram meu trabalho. As novelas e rádios que abraçaram também. Eu não sei explicar como isso aconteceu. Acho que é coisa de Deus. Ele botou no meu caminho e falou: 'Abraça', e eu vou abraçando cada oportunidade que vem. Espero poder corresponder a altura a cada trabalho que for lançando.

Qual o momento mais marcante da sua carreira?

Fica difícil eleger, porque a cada música que nós fomos lançando, foi surgindo cada coisa legal... Participar de programas que eu assistia quando moleque, porque sempre fui apaixonado por TV e rádio e, hoje, uma coisa muito importante e mágica é estar no 'Dancing', reencontrando a Xuxa. Já estive no programa dela por várias vezes e estar aqui para dançar, e não cantar, é um momento muito mágico.

As suas filhas assistem? Elas gostam?

Ah, sem dúvidas! Principalmente a Ana Vitória, de 10 anos. A Thamyris é mais tímida, tem 19 anos. A Lívia está com 1 aninho só, mas quando toca o funk… Juro que não fui eu que ensinei! Mas a Lívia já bota a mão no joelhinho e dança, nasceu sabendo o que quer. A Ana Vitória se joga mais, tanto que quando conheceu a Bela, foi lá abraçar.

Você é um pai ciumento?

Não sei… Vamos viver um momento de cada vez! A de 19 já está namorando, e eu falei que não queria conhecer. Mas, depois a gente baixa a bola e fala: 'Traz esse moleque aí!'. (risos)

Como é olhar para trás e ver tudo que você conquistou?

As coisas foram bem gradativas na minha vida. Deus não quis me dar tudo de uma vez, acho que isso foi importante para eu não surtar. Olho para trás e vejo que um moleque que não tinha perspectiva de vida nenhuma chegou até aqui. Isso é maravilhoso.

Você vê que hoje é influência para muitas pessoas?

Sim. Nós, artistas, seja no segmento que for, carregamos essa responsabilidade de inspirar outras pessoas, sempre pelo lado bom. Você não tem noção da responsabilidade que é passar coisas positivas para as pessoas. O mal habita em cada esquina, então, se a gente conseguir com nosso trabalho e com nossa boa influência resgatar jovens que vêm também de periferia para fazer coisas boas, é muito importante.

Você vai dançar nos shows?

Acho que vou continuar enganando (risos). Quem sabe, depois do 'Dancing', eu me solte um pouquinho mais?