Antonio Fagundes não para e nem quer. Aos 70 anos — e com 55 de carreira —, o ator diz que enquanto tiver fôlego estará em cena. Principalmente no teatro, já que, segundo o veterano, os palcos exigem bem mais. "Mas eu estou ainda dando no couro, viu?!", avisa, com muito bom humor, o Alberto de Bom Sucesso, novela das 19h, que estreia hoje, na Globo. "Estamos (em cartaz) com Baixa Terapia, em São Paulo, há quase dois anos e meio. Tivemos 250 mil espectadores e continuamos, então apareça lá", convida.
Em Bom Sucesso, Fagundes interpreta Alberto, um rico empresário com a saúde bastante debilitada e com apenas seis meses de vida. Ele tem um exame trocado com o de Paloma (Grazi Massafera). Após conhecer a costureira e surgir uma amizade entre eles, Alberto ganha momentos inesquecíveis em seus últimos meses.
"Se tem uma coisa certa na nossa vida é a morte. E a gente não consegue lidar com isso bem, não consegue pensar de uma forma positiva. Tem um livro que a gente (elenco) está se baseando (A Morte É Um Dia Que Vale a Pena Viver, da Ana Claudia Quintana Arantes), que fala exatamente sobre isso", explica. "Em vez de se preocupar com a morte, deveríamos nos preocupar com a vida até o momento da morte. Tenho impressão que a novela vai mexer muito com as pessoas nesse sentido", aposta ele, que defende que novela não é para fazer ninguém refletir.
Fagundes diz que sempre foi preguiçoso e que nunca fez exercícios. "Mas agora comecei a fazer um pouquinho porque começou a dor nas costas. Quero fazer exercícios, mas não quero ser um atleta. Quero fazer um cuidado alimentar, mas não quero me restringir. Estou me cuidando assim".