'Vou fazer festa até o ano que vem!', conta o DJ Marlboro, que inicia neste domingo, no Imperator, no Méier, a comemoração de 30 anos do disco Funk Brasil. Produzido por ele, o LP inaugurou a era de popularidade dos batidões, com músicas como Melô dos Números, Rap do Arrastão, Melô da Mulher Feia e Melô do Bêbado nas vozes de convidados como Abdullah, MC Batata e Cidinho Cambalhota.
No palco com o DJ estarão alguns dos nomes que Marlboro ajudou a lançar naquela época, como o próprio Abdullah, Cidinho & Doca, Carlinhos (Copacabana Beat), e Junior & Leonardo. A festa migra para outras cidades, como Niterói, Barra Mansa, São Gonçalo e Volta Redonda, e também para shows em comunidades. Vai até o Rock In Rio, onde Marlboro dividirá o palco New Dance Order com o amigo DJ Memê no dia 5 de outubro. "Para combinar com os trinta anos, vão ser trinta shows daqui até 2020", conta o DJ.
Nos anos 1990, Marlboro — que é ex-colunista do MEIA HORA — virou uma verdadeira indústria do funk, tocando pela noite, lançando artistas e hits. "Me chamavam de maluco toda hora, aliás até hoje!", recorda o DJ, que na verdade queria que Funk Brasil fosse um lançamento independente. "Mas o Nirto da (equipe de som) Soul Grand Prix e o Cidinho Cambalhota (executivo de gravadora e apresentador do programa Som na Caixa, morto em 1990) insistiram para eu ir conversar na PolyGram (hoje Universal, que lançou o disco)."