Mais Lidas

Susana Naspolini conta em livro como venceu quatro diagnósticos de câncer

'Colocar essas histórias no papel serviu como uma terapia. Chorei muito escrevendo', diz a repórter da Globo ao contar sua história de superação

Susana Naspolini é só alegria com seu livro 'Eu Escolho Ser feliz', da Editora Agir
Susana Naspolini é só alegria com seu livro 'Eu Escolho Ser feliz', da Editora Agir -

Ela é a heroína do povo! Onde tem ponte caída, rua esburacada e pedidos de socorro, Susana Naspolini vai estar lá. Dona de uma história de vida inspiradora, a jornalista conquistou o público do RJ1, da Globo, ao denunciar, com muito bom humor, os problemas da cidade. E, apesar do sorriso fácil, que se tornou marca registrada da catarinense, de 46 anos, a repórter já teve que vencer grandes batalhas para chegar até aqui. Diagnosticada quatro vezes com câncer, Naspolini deu a volta por cima e, agora, compartilha sua força e superação no livro Eu Escolho Ser Feliz, pela Editora Agir.

LEIA MAIS: Repórter da Globo Susana Naspolini dorme na rua para cobrar asfalto

"Colocar essas histórias no papel serviu como uma terapia. Chorei muito escrevendo. Quando passamos por esses processos, e foram quatro vezes, a gente se questiona 'Por que eu?'. Bate um desespero, pensamos em desistir, mas foi ali, revirando meu baú de memórias, que veio uma gratidão enorme pela vida. Não sei se me tornei uma pessoa melhor, mas, com certeza, tento ser melhor todos os dias", conta ela.

As dificuldades começaram cedo. Aos 18 anos, Susana descobriu um linfoma, em 1991, assim que terminou o primeiro ano da faculdade de jornalismo, na Universidade Federal de Santa Catarina, e garantir uma vaga para estudar teatro no Tablado, no Rio. Anos depois, a repórter foi diagnosticada com um câncer de mama e na tireoide, aos 37 anos, seguido de outro nódulo na mama, aos 43.

"O livro nasceu da vontade de compartilhar os casos que tive, com o objetivo de ajudar. Se minha história amenizar o sofrimento de uma pessoa que seja, já cumpriu seu papel. A vida é um conjunto de escolhas. E, como diz o título, eu escolhi ser feliz. O câncer é o meu fantasma, minha cruz. No entanto, me fizeram encarar os problemas de um jeito mais leve, rir de mim mesma", afirma.

Sempre irreverente, Naspolini conquistou a admiração do público. "Eu recebo muito carinho das pessoas. Não tenho a menor dúvida de que quando eu fiquei doente isso fez a maior diferença. Recebia mensagens, correntes de oração. É um carinho que eu não vou conseguir retribuir".